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Turquia vai pôr mísseis da Otan na fronteira síria

Foguetes Patriot têm apenas caráter defensivo, segundo a aliança militar

País nega intenção de estabelecer zona de exclusão aérea contra os sírios; 28 morrem em bombardeio de escola

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os países-membros da Otan (a aliança militar ocidental) aprovaram ontem o envio à Turquia -integrante da aliança- de mísseis para protegê-la de eventuais ataques ligados à guerra civil que ocorre na Síria.

Antes aliado do regime de Bashar Assad, o governo turco rompeu com o vizinho e tem dado apoio aos rebeldes que visam a deposição dele.

O confronto entre forças leais a Assad e insurgentes começou em março do ano passado e já matou mais de 40 mil pessoas, segundo estima a ONG oposicionista Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseada em Londres.

A medida da Otan ocorre um dia depois de o presidente dos EUA, Barack Obama, voltar a elevar o tom contra a Síria e advertir o país para que não lance mão de armas químicas -que o regime sírio oficialmente nega possuir.

Os mísseis Patriot, de fabricação americana, são de uso estritamente defensivo. A ideia é programá-los só para interceptar bombas sírias que cruzarem o espaço aéreo turco, o que já ocorreu algumas vezes neste ano e motivou resposta imediata da Turquia.

Relatos preliminares dão conta de que as baterias serão providas pela Alemanha e pela Holanda. Os EUA também poderão colocar seu estoque instalado na Europa à disposição, caso necessário.

Por causa da complexidade e do tamanho do sistema, os equipamentos deverão chegar à Turquia pelo mar.

Tanto a Chancelaria turca como o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, insistiram ontem em que os mísseis, que devem ser colocados ao longo da fronteira, não serão usados para estabelecer uma zona de exclusão aérea no território sírio.

"Zona de exclusão aérea" é a proibição de voos sobre um país -para evitar, por exemplo, que bombardeios da Força Aérea síria matem civis. Em março de 2011, a medida foi adotada contra a Líbia e ajudou a derrubar a ditadura de Muammar Gaddafi, morto sete meses depois.

ATAQUE A ESCOLA

Pelo menos 28 alunos e um professor foram mortos após um bombardeio a uma escola no acampamento de Wafidin, na periferia da capital da Síria, Damasco, em mais um dia de intensos confrontos.

Tanto a agência de notícias estatal Sana como o Observatório Sírio de Direitos Humanos confirmaram as mortes.

A Sana, porém, diz que a escola foi atingida por "terroristas", e a ONG acusa o regime sírio pelo ataque. A censura imposta pela Síria à mídia impede a verificação independente das informações.


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