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Israel cita Holocausto ao reclamar de Berlim
Netanyahu queria voto alemão contra Palestina
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que está decepcionado com a Alemanha após o país ter optado pela abstenção na votação que mudou o status da Palestina para Estado observador na ONU (Organização das Nações Unidas).
A declaração foi feita ao jornal alemão "Die Welt".
O líder israelense foi a Berlim para conversar com a chanceler Angela Merkel e pedir apoio nas negociações com os palestinos.
"Esperávamos, pelo compromisso histórico com Israel e pelo peso do Holocausto, que a Alemanha votasse com um não rotundo nessa votação e que não se somasse ao abstencionismo minoritário na União Europeia", disse.
No bloco de 27 países, 15 votaram a favor dos palestinos, incluindo a França, 11 se abstiveram e apenas a República Tcheca votou contra.
No total, 138 países respaldaram o novo status palestino, nove votaram contra e 41 se abstiveram.
Apesar de se abster, a Alemanha condenou a decisão de expandir os assentamentos na Cisjordânia, mas não chamou o embaixador de Israel para expressar seu repúdio, como fizeram outros países -incluindo o Brasil.
Serão mais 3.000 casas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Em Praga, na República Tcheca, Netanyahu disse que está aberto a negociações com os palestinos. Para ele, a solução do conflito é a existência de dois Estados, desde que os palestinos reconheçam formalmente Israel.