Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

EUA têm menor desemprego em 4 anos

Mas, apesar da abertura de 146 mil vagas, o número de pessoas sem trabalho permaneceu estável, em 12 milhões

Os setores que mais exibiram força em novembro foram serviços, sobretudo os de computação, e saúde

LUCIANA COELHO DE WASHINGTON

O desemprego em novembro nos EUA atingiu o menor nível em quatro anos, recuando para 7,7% e retornando ao patamar de dezembro de 2008, antes da posse de Barack Obama, anunciou ontem o Departamento do Trabalho.

Mas, apesar da abertura de 146 mil novas vagas, o número de desempregados permaneceu estável, em 12 milhões -4,8 milhões deles sem emprego há mais de seis meses.

A população economicamente ativa (pessoas empregadas ou buscando emprego) voltou ao nível de setembro após avançar 0,2 ponto percentual em outubro.

O furacão Sandy, que atingiu o país em outubro, não teve impacto no mercado de trabalho, avaliou o governo.

Os setores que mais exibiram força foram serviços, sobretudo os de computação, e saúde. O desemprego continua em 10% para os latinos e 13,2% para os negros.

"Ainda há trabalho a fazer, mas nossa recuperação econômica segue no trilho certo", disse a secretária do Trabalho, Hilda Solis, em nota.

"As pessoas querem que Washington trabalhe para lhes oferecer soluções, e a última coisa com a qual podemos arcar é uma alta de impostos para a classe média na hora em que o consumo está ajudando a criar empregos."

ABISMO FISCAL

A frase é uma alfinetada no Partido Republicano, que negocia com o governo um pacote fiscal para evitar cortes automáticos nos programas sociais e na Defesa e o vencimento de benefícios tributários à classe média no início de 2013, o "abismo fiscal".

Isenções de impostos aos mais ricos também chegarão ao fim, mas, enquanto a oposição defende prorrogá-las, Obama prefere seu fim -uma das raízes da discórdia.

O presidente assumiu a linha de frente nos ataques, lançando uma campanha no site da Casa Branca e respondendo a perguntas pelo Twitter nesta semana sobre a urgência de um acordo para a classe média, o qual os republicanos atrelam ao pacote.

Ontem, o republicano John Boehner, presidente da Câmara, contra-atacou declarando que até então, a 24 dias do choque fiscal, não há avanço na negociação porque Obama estaria "inflexível".

"Há uma série de modos de colocar o aumento da arrecadação que o presidente quer na mesa de negociação, mas nenhum funcionará se ele insistir na sua posição de tudo ou nada", declarou Boehner.

Os republicanos aceitaram incluir no pacote um aumento na arrecadação, e não só cortes, como defendiam antes. Querem, contudo, que este venha da limitação das deduções no Imposto de Renda.

Já Obama insiste em aumentar a alíquota para quem ganha mais que US$ 250 mil ao ano (R$ 43,3 mil ao mês).


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página