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Cristina usa caso polêmico para atacar Justiça do país

Absolvição de 13 acusados de tráfico de pessoas levou argentinos às ruas ontem

SYLVIA COLOMBO DE BUENOS AIRES

A absolvição de 13 acusados por um caso de sequestro e tráfico de pessoas está sendo aproveitada por Cristina Kirchner para atacar a Justiça argentina.

O confronto com o Judiciário se dá desde que o Poder concedeu, na semana passada, prorrogação de uma liminar que favorece o grupo Clarín, seu inimigo político.

"Há, hoje, um divórcio entre a sociedade e a Justiça", disse a presidente, depois da polêmica resolução da corte.

O caso Marita Verón causou, ainda, uma crise política na província de Tucumán e mobilizou a opinião pública em toda a Argentina.

Ontem, o ministro de Segurança da província, Mario López Herrera, renunciou em razão das críticas quanto à sua atuação contra a prostituição.

O sequestro e desaparição de Marita, aos 23 anos, em 2002, é o principal caso criminal na Argentina hoje. A mídia acompanha cada novo desdobramento como se fosse uma novela.

Há dez anos, a mãe de Marita, Susana Trimarco, faz campanha em busca de sua filha e contra as redes de tráfico de pessoas. Ela chegou a se passar por cafetina para buscar rastros de Marita. Dessa forma, conseguiu revelar alguns grupos de criminosos.

A leitura da condenação foi acompanhada ontem, por meio dos canais de TV, em todo o país. Houve surpresa e consternação pela absolvição.

Logo, houve mobilizações em ruas de Buenos Aires, Tucumán e em outras províncias. Na capital, manifestantes enfrentaram a polícia.

O juiz Alberto Piedrabuena disse que o caso "seguramente ficará impune", porque não haveria provas suficientes para condenar os acusados.

"É um absurdo dizerem que não têm provas, quando há testemunhas que vieram ao tribunal para denunciar os crimes", disse Trimarco.

A mãe de Marita recebeu mensagens pessoais de Cristina Kirchner, que diz que "como mãe" admira sua luta e a estimulou a ir adiante.


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