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Pleito pode ser 'nova primária' para oposição

DA ENVIADA A CARACAS

Com a possibilidade de novas eleições presidenciais na Venezuela no curto prazo, as eleições estaduais de hoje podem ser uma espécie de novas primárias para a oposição.

Os holofotes se voltarão para Miranda, onde Henrique Capriles, 40, derrotado por Chávez na disputa pela Presidência em outubro, tentará se reeleger como governador. Para isso tem de vencer o ex-vice-presidente Elías Jaua.

Com a meta de dar um xeque-mate na carreira do oposicionista, o governo aplicou todas as forças para ajudar Jaua. Capriles, que nas presidenciais perdeu por pouco até em Miranda, precisa de uma vitória contundente para tentar seguir como incontestável candidato da MUD, a diversa e agora frágil coalizão opositora, em futuras presidenciais.

O atual governador, que seguiu usando o material produzido pelos marqueteiros brasileiros Renato Pereira e Chico Mendez, é favorito.

Capriles tem de torcer para que a mobilização governista, um fator crucial para a vitória de Chávez, fracasse e lutar contra um inimigo interno: a abstenção provocada pela derrota e pelo início das férias escolares, que poderia tirar de Caracas parte de seu eleitorado.

A derrota também voltou a despertar tensões na MUD. Um mau resultado de Capriles pode reinstalar na disputa pela candidatura o governador e candidato à reeleição em Zulia, Pablo Pérez.

Tudo dependerá, dizem na MUD, do futuro calendário eleitoral. Se, da vacância de Chávez a novas eleições, o prazo for curto, será inviável fazer novas primárias.

"Manter Capriles [como candidato] é o mais sensato politicamente", diz Gerardo Blyde, prefeito opositor de Baruta, um dos municípios de Caracas, sugerindo que Capriles vai ter que negociar um consenso dentro da coalizão.

Ontem, o governo admitiu que houve "momentos de tensão" durante a cirurgia e as primeiras horas do pós-operatório de Chávez, mas disse que, agora, o presidente já "está na plenitude de suas capacidades intelectuais".

"Reconhecemos que houve momentos de tensão", disse Jorge Arreaza, ministro de Ciência e Tecnologia e genro de Chávez, em telefonema transmitido na TV estatal.

(FM)


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