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Chavismo arrasa, mas Capriles se reelege

Com Chávez convalescente, governo ganha em ao menos 19 dos 23 Estados; oposição conquista, porém, Miranda

Com vitória apertada em Miranda, Capriles se consolida como candidato da oposição em caso de eleições

FLÁVIA MARREIRO ENVIA ESPECIAL A CARACAS

Na "maré vermelha" que tomou o mapa da Venezuela ontem com vitórias governistas em ao menos 19 dos 23 Estados, a reeleição de Henrique Capriles, o principal líder da oposição, foi ponto de honra dos antichavistas.

Capriles, derrotado por Chávez em outubro, seguirá no poder em Miranda, o segundo colégio eleitoral do país, e, com a vitória de ontem, consolida seu caminho como candidato da oposição em caso de novas eleições presidenciais no curto e médio prazo.

Há nove dias, Chávez, convalescente em Cuba da quarta cirurgia oncológica, admitiu que a doença pode tirá-lo definitivamente do poder. Se isso ocorrer até 2016, nova votação para eleger um novo presidente tem de ser convocada em 30 dias.

O governo, que utilizou abertamente a comoção por causa da saúde de Chávez como estratégia eleitoral, arrebatou da oposição o Estado de Zulia, bastião oposicionista que é o coração petroleiro da Venezuela e maior colégio eleitoral do país.

O chavismo recuperou ainda outros quatro Estados que eram governados pelos opositores desde 2008.

Em ao menos dois episódios, os opositores acusaram o governo de violar as regras eleitorais e pedir votos para os chavistas utilizando o presidente. O CNE, alinhado ao governo, não atuou.

O vice-presidente do país, Nicolás Maduro, pediu que eleitores votassem "para não ficarem mal" com Chávez, em entrevista na TV estatal, reproduzida pelas duas maiores emissoras privadas. Mais tarde, o governo usou novo comunicado televisivo sobre a saúde de presidente -sem novidades-, para repetir o mesmo.

Com o resultado, o governo desfere o segundo duro golpe na oposição em menos de dois meses, em meio à incerteza do país sobre a capacidade do presidente de tomar posse do novo mandato em 10 de janeiro.

É o primeiro teste eleitoral da mobilização do chavismo sem Chávez na chapa desde que ele indicou o vice Nicolás Maduro como seu eventual sucessor.

"Para os que falavam [da fraqueza] do chavismo sem Chávez, hoje os venezuelanos deram uma lição", escreveu em sua conta no Twitter Jesse Chacón, ex-ministro de Comunicações de Chávez.

APERTO E ABSTENÇÃO

Capriles venceu o ex-vice-presidente Elías Jaua por 50,35% contra 46%, numa campanha marcada pelo esforço do chavismo em dar um xeque-mate no governador e pela alta taxa de abstenção.

O outro vitorioso da oposição é o ex-chavista Henry Falcón, que se reelegeu no Estado central de Lara. Capriles e Falcón são próximos e fizeram campanha se descolando dos tradicionais partidos da política antes de Chávez.


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