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Obama vai propor restrição de armas

O vice Joe Biden coordenará os esforços para elaborar uma proposta que evite ataques como o de Newtown

Atirador matou 20 crianças e seis adultos em ataque à escola na semana passada, em Connecticut

Yuri Gripas/Rueters
O presidente Barack Obama (dir.), acompanhado do vice Joe Biden, explica decisão aos jornalistas na Casa Branca
O presidente Barack Obama (dir.), acompanhado do vice Joe Biden, explica decisão aos jornalistas na Casa Branca
LUCIANA COELHO DE WASHINGTON

O presidente Barack Obama anunciou ontem que proporá medidas concretas para o controle de armas nos EUA e submeterá um plano ao Congresso em janeiro.

A declaração é a mais forte de Obama desde o assassinato de 20 crianças e seis adultos por um atirador em uma escola de Newtown (Connecticut) na sexta-feira da semana passada.

Até então, o presidente falara apenas em "ações significativas" e, via porta-voz, em apoio a planos alheios, sem tocar no controle de armas.

"Desta vez, as palavras levarão à ação", afirmou Obama, aludindo a episódios passados em que a pressão por maior controle de armas após um massacre se dissipou na agenda política.

O vice-presidente Joe Biden coordenará esforços das diferentes agências do governo nas próximas semanas para elaborar uma proposta que evite ataques como o de Newtown e outras mortes por arma de fogo, informou Obama, acrescentando que o plano incluirá ainda medidas para melhor diagnóstico e tratamento de doenças mentais.

Nos últimos dias, o presidente contatou membros de seu gabinete e representantes da bancada pró-armas para debater possíveis soluções.

Uma ideia que ele disse apoiar é a proposta da senadora Dianne Feinstein para restituir uma lei vetando a venda de armas semiautomáticas. Outra é a restrição na venda de munição, aventada pela Califórnia, e a exigência de investigação de antecedentes -medida com grande apoio popular.

O presidente não levantou, contudo, a hipótese de anular a Segunda Emenda, que desde 1791 garante nos EUA o direito de portar armas e é apoiada pela maioria dos republicanos e por muitos democratas (sobretudo no Sul e no Meio-Oeste) como garantia de liberdade individual.

Ontem, pesquisa feita pelo instituto ORC International para a rede CNN apontou que 52% dos americanos querem restrições rígidas ao porte de armas ou a proibição total.

O levantamento, realizado segunda e terça com 620 pessoas, tem margem de erro de quatro pontos percentuais e marca o aumento do apoio ao controle rígido. Em agosto, após a morte de 12 pessoas por um atirador em um cinema no Colorado no mês anterior, ele era de 47%.

A oposição à livre circulação de armas é maior entre os eleitores democratas (80%) do que entre os independentes (42%) e republicanos (31%), e mais amplo entre as mulheres (62%, comparado a 41% entre os homens).

Obama disse que fará do tema uma prioridade em seu segundo mandato, exortando o Congresso a aprovar medidas restritivas e pedindo que o debate levantado nos últimos dias prossiga.

Amanhã, o principal grupo de lobby pró-armas, a NRA (Associação Nacional de Rifles), que emitiu apenas um curto comunicado lamentando o episódio em Newtown, promoverá uma entrevista coletiva para tratar do tema.


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