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Erupção de vulcão coloca Argentina e Chile em alerta
Copahue entra em atividade na cordilheira dos Andes e forma coluna de cinzas com 1,5 km de altura
Até a noite de ontem, população vizinha permanecia em suas casas, mas autoridades monitoravam situação
Governos regionais do Chile e da Argentina decretaram estado de alerta ontem devido à erupção do vulcão Copahue, localizado na fronteira dos dois países, na cordilheira dos Andes, a cerca de 1.200 quilômetros a sudoeste de Buenos Aires.
Segundo comunicado do Serviço Nacional de Geologia e Minas do Chile, na manhã de ontem o vulcão começou a liberar gases e cinzas, formando uma coluna de fumaça de 1.500 metros de altura que se dirigia para sudeste. Não houve erupção de lava.
Até a conclusão desta edição não havia sido preciso retirar os moradores das comunidades andinas próximas, mas, segundo as autoridades, os órgãos de prevenção estavam em alerta para atuar caso fosse necessário.
As estações de monitoramento detectaram também um aumento da atividade sísmica no local. De acordo com o órgão de emergências do Chile, não estava descartado que a situação evoluísse para um "evento maior".
O Copahue fica no limite entre a região chilena de Biobío e a província argentina de Neuquén. Ele tem cerca de 2.965 metros de altura.
Ontem, o governador de Biobío viajou para o local com integrantes de seu governo para avaliar a situação.
Por causa da ação dos ventos, as cinzas se mantinham altas. A expectativa era de que a previsão de chuva para a noite de ontem, se confirmada, ajudaria a diminuir os impactos na região.
A última vez que o Copahue entrou em erupção foi em 2000, quando ficou em atividade por cerca de quatro meses, entre julho e outubro.
Em meados do ano passado, a erupção de outro vulcão, o Puyehue, no Chile, levou à formação de uma nuvem de cinzas com mais de 10 km de altura.
Na época, foram afetadas cidades na Argentina, no Uruguai, no Paraguai e no Brasil. Diversos voos tiveram que ser cancelados na região.
