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Corte condena ex-ministra argentina à prisão

Felisa Miceli, da Economia, foi sentenciada a quatro anos de detenção por corrupção

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Felisa Miceli, 60, ex-ministra da Economia da Argentina, foi sentenciada ontem a quatro anos de prisão por corrupção. Ela havia renunciado em 2007, quando uma quantia equivalente a mais de R$ 100 mil foi encontrada no banheiro de seu escritório.

A corte argentina responsável pelo caso decidiu que Miceli é culpada de encobrir uma manobra financeira e pela obstrução da Justiça.

Ela alegou inocência e afirmou que o dinheiro encontrado era um empréstimo para comprar uma propriedade e que estava temporariamente no banheiro, antes de ser depositado em um banco.

Além da prisão, a ex-ministra argentina será impedida de ter qualquer cargo público por oito anos no país.

Miceli era ministra do governo de Néstor Kirchner (2003-2007) e teve de deixar o cargo. Ela é, atualmente, assessora de Hebe de Bonafini, presidente da Associação das Mães da Praça de Maio.

De acordo com o jornal argentino "Clarín", a ex-ministra foi condenada por "acobertar receptação de coisas ou efeitos provenientes de um delito, agravado por sua condição de funcionária pública" e por tê-lo cometido "em cumprimento das suas funções", além de subtração de um documento público.

Presente no tribunal, Miceli reiterou sua inocência. "Esta causa nunca deveria ter existido", disse, minutos antes do anúncio da sentença. "Isso se tratava de dinheiro privado, de fato privado". "Os próprios procuradores disseram que não houve prejuízo para o Estado nacional nem para o patrimônio público."

A ex-ministra não deve ser presa até que a sentença seja final. Ela afirma que irá apelar "em todas as instâncias em que seja possível". Miceli afirma, também, que há conspiração contrária a ela.

Em entrevista após a sentença de ontem, a ex-ministra Miceli ressaltou não levar uma "vida suntuosa" e que reside na mesma casa e bairro em que mora há 25 anos.

O dinheiro foi descoberto no escritório durante uma inspeção de rotina de uma brigada antiexplosivos em junho de 2007. O escândalo interrompeu a carreira política de Miceli, que era figura próxima do ex-presidente Néstor Kirchner, então marido da atual presidente Cristina Kirchner. Ele morreu em 2010.

Ela havia sido, ao assumir a pasta em 28 de novembro de 2005, a primeira mulher a ocupar esse cargo no país.


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