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Sem acordo, 'abismo fiscal' ainda ameaça

Presidente Barack Obama culpa intransigência dos republicanos pela falta de consenso no Congresso americano

Aumento de impostos e corte de gastos podem reverter frágil recuperação da economia dos EUA

RAUL JUSTE LORES DE NOVA YORK

Democratas e republicanos não conseguiram chegar a um acordo nas negociações de um pacto fiscal ontem no Senado dos EUA.

As diversas isenções fiscais e reduções de alíquotas criadas ainda no governo de George W. Bush valem só até hoje. A junção do aumento dos impostos e do corte de gastos do governo, que podem reverter a frágil recuperação da economia americana, foi apelidada de "abismo fiscal".

Qualquer acordo no Senado, por menor que seja, precisaria ser aprovado ainda hoje pela Câmara para evitar o tal abismo.

O presidente Barack Obama afirmou ontem que a intransigência dos republicanos provocou a crise do abismo fiscal. Em entrevista ao programa "Meet the Press", da rede NBC, Obama disse que foi muito difícil para os republicanos aceitarem que os impostos para os americanos mais ricos deveriam aumentar.

O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, respondeu às declarações e disse que Obama foi eleito "para dirigir e não para acusar".

Os republicanos têm exigido do governo mais cortes de gastos públicos e focado no crescente deficit público. Especialmente cortes no bilionário plano de saúde aprovado por Obama, algo rejeitado pelo presidente.

Já os democratas têm focado mais na arrecadação, querendo aumentar os impostos para os americanos de maior renda -quem ganha mais de US$ 250 mil ou US$ 400 mil por ano teria que pagar mais-, algo que os republicanos não aceitam.

Para vários analistas, Obama não estaria muito disposto a fazer concessões. Revigorado por uma reeleição folgada no mês passado, ele permitiria que as isenções criadas no governo Bush expirassem para propor um pacote novo no mês que vem.

O presidente também levaria em conta que muitos americanos estão culpando a oposição republicana pela paralisia das negociações para se evitar o abismo fiscal.

OPINIÃO PÚBLICA

Pesquisa feita pelo instituto Ipsos e pela agência de notícias Reuters divulgada na quinta-feira diz que para 27% dos americanos a culpa da falta de acordo é dos congressistas republicanos; 6% culpam os congressistas democratas e 16% culpam Obama. A maior porcentagem, 31%, culpa todos os anteriores.

Apesar de reduzir o deficit público em mais de US$ 500 bilhões (R$ 1 trilhão), o corte de gastos e o aumento de impostos podem abater a frágil recuperação da economia americana e aumentar o desemprego.


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