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Saúde de Chávez se agrava em Cuba, e Caracas cancela festa de Réveillon

Prefeitura da capital venezuelana suspende shows ao ar livre para a comemoração da virada

Na noite de domingo, vice anunciou que condição do presidente é 'delicada' e que ele não está 'livre de risco'

Carlos Garcia Rawlins /Reuters
Com retrato de Simon Bolívar e pôster de Chávez atrás de si, venezuelano que apoia presidente se preocupa com sua saúde
Com retrato de Simon Bolívar e pôster de Chávez atrás de si, venezuelano que apoia presidente se preocupa com sua saúde
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Após a sombria aparição do vice-presidente Nicolás Maduro na televisão, anteontem, para anunciar a piora da saúde do presidente Hugo Chávez, a Venezuela vivia ontem um dia de incertezas.

As festividades previstas para a Plaza Bolívar em Caracas, equivalentes às comemorações da avenida Paulista em São Paulo, foram canceladas diante da notícia de que o estado de Chávez é "delicado", com complicações adicionais à infecção respiratória.

O governo municipal de Caracas pediu que os venezuelanos substituíssem a festa pela união das famílias em oração pela saúde do presidente.

Segundo Maduro, que viajou para Cuba no final de semana, Chávez pediu que sua condição de saúde fosse informada à população.

Para o infectologista David Uip, ouvido pela Folha, o quadro descrito pelo governo pode ser o de uma infecção sistêmica, comum nesses casos "pela supressão do sistema imune", após a cirurgia.

Maduro iniciou o comunicado afirmando que o governo "cumpre com o dever de informar ao povo venezuelano sobre a evolução clínica" do presidente. O governo da Venezuela, porém, não informa detalhes a respeito da doença, além de que ela estaria localizada na região pélvica.

Chávez, 58, não é visto em público há três semanas. Os temores aumentam pela maneira com que as notícias têm sido divulgadas. Anteontem, por exemplo, Maduro apareceu na televisão em horário inesperado, ao lado de Rosa Virginia, filha de Chávez, e do marido dela.

O vice-presidente afirmou que ficaria em Havana "pelas próximas horas", acompanhando de perto o estado de Chávez.

O calendário preocupa a Venezuela, que tem prevista para o próximo dia 10 a posse de Chávez para seu novo mandato.

Chávez, que está no poder desde 1999, foi reeleito em outubro passado, três meses após anunciar estar "livre" do câncer, diagnosticado em 2011.

A volta de Chávez a Cuba para sua quarta cirurgia fez surgirem articulações entre seus aliados, incluindo a possibilidade de adiamento da posse, até sua melhora.

O anúncio do agravamento de seu estado de saúde feito anteontem parece afastar essa possibilidade.

No entanto, continua sendo uma incógnita como o governo reagirá ao eventual impedimento de Chávez de assumir seu cargo.

No mês passado, Chávez havia apontado Maduro como seu herdeiro político, pedindo que a população da Venezuela vote nele em caso de nova nova eleição.

"Acreditamos que a avalanche de amor e solidariedade com o comandante Chávez [...] ajudará nosso presidente a vencer esta nova batalha", afirmou Maduro.

O anúncio gerou chacota de oposicionistas nas redes sociais. Ontem, Ernesto Villegas, ministro da Comunicação, pediu "respeito" pelo estado do presidente. "Não se pode brincar com a saúde do comandante Chávez", disse.


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