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Desemprego na eurozona bate recorde em novembro

Índice divulgado ontem foi de 11,8%, o maior da série histórica; Espanha lidera

Taxa avançou pelo 19º mês seguido; resultado é visto como balde de água fria na esperança de retomada econômica

Antonio Calanni/Associated Press
Mulher pede dinheiro a passantes no centro de Milão (norte da Itália)
Mulher pede dinheiro a passantes no centro de Milão (norte da Itália)
BERNARDO MELLO FRANCO DE LONDRES

A crise na zona do euro levou o índice de desemprego na região a atingir a marca recorde de 11,8% em novembro, informou ontem a Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia.

O número é o maior já registrado desde o início da série histórica, em 1999. Sua divulgação foi recebida como um balde de água fria nas esperanças de início da retomada da economia no bloco.

O índice de desemprego nos 17 países que adotam a moeda única europeia teve salto expressivo na comparação com novembro de 2011, quando estava em 10,6%.

Em relação ao mês anterior, a taxa aumentou 0,1 ponto percentual, o equivalente a mais 113 mil pessoas sem emprego na região.

Apesar de a variação ter sido pequena, este foi o 19º mês seguido em que o desemprego avançou, de acordo com os números oficiais.

"Os dados não permitem ver muitos raios de esperança em uma recuperação da zona do euro", alertou o economista-chefe da consultoria IHS para a Europa e o Reino Unido, Howard Archer.

"No geral, a situação econômica da região ainda parece muito sombria", afirmou o analista, em texto enviado a investidores e jornalistas.

Para Archer, é "altamente provável" que o índice de desemprego entre os países que adotam a moeda única continue a crescer nos próximos meses e ultrapasse a marca de 12% ao longo deste ano.

ESPANHÓIS E GREGOS

A Espanha, um dos países mais atingidos pela crise, continua a ter a maior taxa de desempregados da zona do euro: 26,6%, o que significa que ao menos uma em cada quatro pessoas aptas a trabalhar está de braços cruzados no país. O índice avançou 3,6 pontos em apenas um ano.

O segundo lugar no ranking pertence à Grécia, que registrou 26% de desemprego em setembro, dado mais recente disponível.

O terceiro país da lista é Portugal, onde o índice de pessoas em busca de trabalho chegou a 16,3% em novembro passado.

Na soma dos 27 países que compõem a União Europeia, o desemprego permaneceu estável em 10,7%, igualando o recorde histórico registrado em outubro.

No total, mais de 26 milhões de pessoas estão procurando emprego no bloco, sendo 18,8 milhões na chamada zona do euro.

Entre os jovens de até 25 anos de idade, considerados os mais vulneráveis à crise, o número de desempregados chega a 5,8 milhões, sendo 3,7 milhões nos países que adotam a moeda única.

Na comparação com novembro de 2011, o desemprego subiu em 18 países do bloco, caiu em sete e permaneceu estável em dois.

Os melhores resultados foram registrados na Áustria (4,5%), em Luxemburgo (5,1%), na Alemanha (5,4%) e na Holanda (5,6%).


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