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Análise

Para Londres, deixar a União Europeia não faz diferença

WOLFGANG MÜNCHAU DO “FINANCIAL TIMES”

No Reino Unido, as pessoas vêm fazendo uma pergunta lógica: já que não fazemos parte da zona do euro, e é provável que jamais o façamos, qual é a vantagem de ficar na União Europeia?

Em termos macroeconômicos, participar da União Europeia é virtualmente irrelevante para um Estado-membro ao mesmo tempo grande e não integrado à zona do euro. O Orçamento da União Europeia é minúsculo, e o livre comércio e livre movimento de capital continuariam a existir sob qualquer cenário.

Pode haver motivos para ficar na União Europeia, mas não são macroeconômicos.

O que o Reino Unido deixaria para trás caso abandone a União Europeia?

A participação na união confere uma série de liberdades fundamentais -de movimento, trabalho, circulação de bens, serviços e capital. Os países-membros são parte de uma união aduaneira e, claro, de um projeto incompleto de mercado unificado, que chegou a um impasse muito antes de concluído.

É possível que o Reino Unido seja capaz de manter muitos desses benefícios; talvez não a união aduaneira, mas a maior parte dos demais.

O melhor motivo para continuar na União Europeia não está em fingir que o Reino Unido tem posição central na Europa, mas sim em manter as coisas simples, e talvez ter a flexibilidade necessária a mudar de ideia sobre o euro mais tarde -caso a situação política e econômica se altere. Mas nesse caso o Reino Unido poderia sempre buscar reintegração.

A conclusão é que a discussão sobre manter o Reino Unido na União Europeia gira em torno de matizes quase indistinguíveis.

Tradução de PAULO MIGLIACCI


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