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Análise

Ano foi difícil para a venda de produtos alemães no exterior

LARRY ELLIOTT DO “GUARDIAN”

A acentuada desaceleração no crescimento da Alemanha em 2012 demonstra o quanto a maior economia da Europa está vulnerável ao resto do mundo. Ela é explicada por dois fatores cruciais.

Primeiro, 2012 foi um ano muito mais difícil para as exportações alemãs. A recuperação de 2010 deveu-se em boa medida à demanda mundial por produtos industriais alemães, especialmente máquinas e ferramentas para países em desenvolvimento.

Essa demanda caiu em 2012, e a incerteza causada pela disputa quanto ao abismo fiscal nos EUA afetou ainda mais as exportações.

Segundo, o euro por fim começou a pesar sobre as exportações e os investimentos.

A acentuada contração na Grécia, na Espanha e em Portugal, somada a cortes de gastos e crescimento lento em outros países da eurozona, não só resultou em menos pedidos às empresas alemãs como gerou mais cautela quanto ao investimento. Com exportações e investimento em baixa, não há muito que sustente o crescimento alemão.

O que acontece a seguir?

Para 2013 como um todo, é improvável que o crescimento seja muito maior que 1%. Pode ser ainda mais baixo caso persistam a crise do euro e as disputas quanto ao Orçamento em Washington.

Em prazo mais longo, os velhos desafios persistem. A Alemanha claramente será a primeira economia da Europa a se beneficiar de uma recuperação na demanda mundial, se e quando houver.

Mas seria preferível -para os cidadãos alemães, a zona do euro e o mundo- que consumo e investimento interno respondessem por maior proporção desse crescimento.

Para que isso aconteça, porém, é necessária uma mudança na forma pela qual a Alemanha pensa sobre a economia e sobre seu papel no mundo. E isso não parece provável no curto prazo.


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