Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Análise

País é acusado de jogo duplo no enfrentamento do terrorismo

ANGELIQUE CHRISAFIS DO “GUARDIAN”

O ataque ao campo de exploração de gás na Argélia expõe a complexidade da inquietação no Sahel, a região que fica logo abaixo do deserto do Saara.

A Argélia, potência econômica e militar da região, onde um regime militar se mantém firme a despeito da Primavera Árabe, vem sendo um dos maiores oponentes de uma intervenção armada estrangeira no Mali, preferindo negociações.

Até agora, o governo argelino vinha se apegando firmemente à sua política de não intervenção em países vizinhos. Mas abriu seu espaço aéreo à força aérea francesa, um evento histórico, e prometeu proteger sua vasta fronteira desértica com o Mali.

Ainda que esteja aliada à França e aos EUA no combate ao terrorismo há anos, a Argélia vem sendo acusada há algum tempo de fazer jogo duplo na região, onde grupos islâmicos vêm florescendo desde a sangrenta guerra de independência do país, nos anos 60.

Já o Mali tem pouca importância no contexto dos interesses econômicos franceses na África Ocidental, mas os vizinhos são outro assunto.

O urânio do Níger atende a um terço das necessidades das usinas nucleares francesas, que geram a maior parte da eletricidade do país.

A própria Argélia é grande exportadora de petróleo e gás natural para a Europa.

A tomada de reféns no campo de gás natural demonstra os interesses mundiais mais amplos que agora podem se envolver na tensa situação.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página