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Malineses saqueiam lojas em Timbuktu

Residentes acusam árabes de terem sido aliados de militantes islamitas durante ocupação

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Exército do Mali, com o apoio de soldados franceses, fez buscas em casas de Timbuktu e Gao, ontem, à procura de armas e explosivos abandonados pelos militantes islamitas expulsos dessas cidades nos últimos dias.

Anteontem, França e Mali reconquistaram Timbuktu, que esteve nas mãos dos insurgentes por dez meses. A retomada da cidade histórica, porém, foi seguida por conflitos entre moradores.

Ontem, centenas de pessoas saquearam lojas de comerciantes árabes, acusando os negociantes de terem sido aliados dos radicais islâmicos que ocupavam o local.

Os saqueadores se apropriaram de televisões, antenas, móveis e comida, mas também de armas e rádios militares encontrados nas lojas.

Em Adis Abeba, capital da Etiópia, foi anunciado, após uma reunião de apoio ao Mali, que será entregue ajuda militar e humanitária no valor de US$ 455 milhões (R$ 920 milhões), arrecadados por doadores internacionais.

As forças africanas de intervenção, que devem enviar 8.000 soldados ao país, mas seguem sem data para iniciar suas operações, têm porém custo estimado em US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2 bilhões).

O Reino Unido deve deslocar 350 militares ao país para auxiliar em treinamentos, disse o governo britânico.

INTERVENÇÃO

A França, que enviou quase 3.000 soldados ao país no norte da África, dá sinais de que vê um fim próximo para sua intervenção na região, quando deve passar seu bastão para as tropas africanas.

A ofensiva da França no Mali começou no dia 11, diante do avanço dos islamitas rumo à capital do país, Bamaco. A ajuda foi pedida pelo próprio governo e teve respaldo da ONU em seguida.

Insurgentes ocupam o norte do Mali desde o começo de 2012, quando houve um golpe militar e grupos islamitas aliados a separatistas tuaregues instalaram-se na região.

Diante dos avanços contra os islamitas, o governo do Mali anunciou ontem que planeja organizar eleições "confiáveis" em 31 de julho.


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