Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Economia americana tem 1ª queda desde 2009

No último trimestre do ano passado, PIB dos EUA registrou recuo de 0,1%

Os dados, porém, não indicam que o país esteja em recessão; crescimento acumulado em 2012 chega a 2,2%

LUCIANA COELHO DE WASHINGTON

O impasse político em Washington já deixou marcas na economia dos EUA: o Produto Interno Bruto caiu 0,1% no no último trimestre de 2012 em relação ao mesmo período do ano anterior -na primeira queda trimestral em três anos e meio.

Segundo o Birô de Análise Econômica, o PIB cresceu 2,2% no ano após avançar 1,8% em 2011, somando US$ 15,83 trilhões (R$ 31,6 trilhões, sete vezes o do Brasil).

Os números são a primeira estimativa do governo, com base em dados preliminares e sujeita a revisão. No terceiro trimestre, o PIB avançara 3,1%, levando o governo a celebrar uma retomada.

A retração anunciada ontem, inesperada, resulta da queda nos investimentos e de cortes no gasto do governo, sobretudo no setor militar (cujo gasto despencou 22%), e do recuo nas exportações.

As duas primeiras são efeitos do protelado debate sobre um pacote fiscal, que culminou apenas em um acordo paliativo na virada do ano.

"O relatório de hoje nos lembra da importância de uma ação do Congresso para evitar a automutilação da nossa economia", disse em nota o chefe do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, Alan Krueger.

"O governo [Executivo] continua exortando o Congresso a avançar rumo a um Orçamento federal sustentável de forma responsável, que equilibre receita e gastos."

O temor de que o impasse levasse à alta brusca de impostos e a cortes automáticos no Orçamento, previstos no caso de inação, inibiu investidores e empresários.

Segundo o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), o clima -os prejuízos deixados pelo furacão Sandy, que atingiu a costa Nordeste dos EUA em outubro- também pesaram na estagnação.

Os números, porém, não indicam que os EUA estejam à beira da recessão ainda.

O mesmo relatório do birô mostra que os gastos de consumo aumentaram 2,2% no último trimestre, mais do que a alta de 1,6% do anterior, sendo que os gastos com bens duráveis cresceram 13,9%.

Já o investimento em moradia saltou 15,3% (o mercado imobiliário foi um dos atoleiros da economia americana durante a crise), enquanto o setor de equipamentos e softwares avançou 12,4%.

Ontem, o Fed anunciou, após a reunião mensal de seu comitê de política monetária, que manterá respectivamente em US$ 45 bilhões e US$ 40 bilhões ao mês seu programa de recompra de títulos do Tesouro e títulos hipotecários.

EUROPA

Na semana passada, O Reino Unido divulgou queda de 0,3% do seu PIB no último trimestre de 2012, o que aumentou o temor de recessão.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página