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Análise

Realidade econômica americana vai definir ação do país quanto a Teerã

STEVEN R. HURST DA ASSOCIATED PRESS, EM WASHINGTON

O presidente Barack Obama pode ter de decidir este ano quanto ao uso de força militar para cumprir sua promessa de que impedirá o Irã de construir armas nucleares, disseram especialistas em política externa. Mas as realidades econômicas e militares dos EUA argumentam vigorosamente contra um ataque.

Os norte-americanos estão demonstrando cautela quanto a novas guerras, depois de uma década de envolvimento militar no Iraque e Afeganistão. A economia americana, que está se recuperando da grande recessão, continua fraca. As Forças Armadas podem enfrentar pesados cortes este ano, já que o Congresso vem debatendo reduções nos gastos do governo.

Além disso, o Irã é militarmente mais forte que o Iraque ou o Afeganistão, e sem dúvida contra-atacaria, com ações contra Israel e contra os soldados norte-americanos estacionados no vizinho Afeganistão.

O Irã também adotou instalações subterrâneas profundas para a maior parte de seu programa nuclear, e isso não permite garantir que ataques aéreos norte-americano obteriam os resultados desejados contra os alvos estabelecidos.

Além disso, o principal proponente de um ataque ao Irã, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acaba de sofrer um revés eleitoral significativo e está em posição enfraquecida.

Antes mesmo da eleição israelense, Obama já havia rejeitado os apelos de Netanyahu por um ataque, afirmando ainda haver tempo para se chegar a uma solução diplomática.

Mas o tempo está se esgotando. Especialistas afirmam que o Irã já dispõe de urânio enriquecido a 20%, um teor que permite conversão relativamente rápida para a produção de armas nucleares. Muita gente acredita que 2013 será o ano decisivo quanto a ir à guerra ou chegar a um acordo conclusivo que ponha fim às ambições nucleares iranianas.

Tradução de PAULO MIGLIACCI


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