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Líder supremo do Irã rejeita diálogo direto com Estados Unidos

Ali Khamenei acusa Washington de querer negociar com 'arma apontada' para Teerã

SAMY ADGHIRNI DE TEERÃ

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, rejeitou ontem a proposta dos EUA para iniciar conversas diretas sobre o programa nuclear iraniano e cobrou o fim das pressões americanas como condição prévia ao diálogo.

O anúncio põe fim às especulações de que um contato entre os arqui-inimigos poderia ajudar a romper o impasse nas negociações formais entre o Irã e as grandes potências, que têm nova rodada no fim deste mês.

Discursando diante de militares em Teerã, Khamenei respondeu à oferta de diálogo, aventada nos últimos meses e reiterada no fim de semana pelo vice-presidente americano, Joe Biden.

"Negociações com os EUA não irão resolver o problema", disse Khamenei, em meio ao clima de ufanismo estatal pelo 34º aniversário da Revolução Islâmica, celebrado no domingo.

"Vocês [americanos] apontam a arma ao Irã e dizem: 'Negocie, senão apertamos o gatilho'. A nação iraniana não será intimidada com essas ações."

Khamenei respondeu à metáfora americana pela qual "a bola está no campo do Irã" a respeito de eventuais conversas entre os dois países, rompidos desde 1980.

"A bola está no seu campo, porque vocês [americanos] precisam explicar como podem falar em diálogo e ao mesmo tempo continuam [nos] pressionando e ameaçando", disse o líder, numa aparente referência às crescentes sanções e ameaças de ataque militar dos EUA.

O discurso de Khamenei reforça a previsão de que o Irã não fará concessões em seu programa nuclear enquanto as potências não oferecerem em troca o fim das sanções e o reconhecimento do direito iraniano de enriquecer urânio para fins civis.


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