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Nova York cancela todos os voos por nevasca e declara emergência

Tempestade 'Nemo' leva a fechamento de escolas e estradas; americanos já preparam estoques

Ao menos 13 voos com origem ou destino no Brasil foram cancelados; no Canadá, três pessoas morreram na nevasca

RAUL JUSTE LORES DE NOVA YORK

Uma tempestade de neve atingiu ontem o nordeste dos Estados Unidos. Em Nova York, fortes chuvas, neves e ventos de até 80 km/h se alternaram durante todo o dia.

O pior da nevasca era esperado entre 20h e 2h da madrugada de sábado locais (23h e 5h em Brasília).

Cerca de 5 mil voos foram cancelados ontem nos EUA, incluindo todos com origem ou chegada em Nova York, porque os aeroportos que servem a cidade tiveram suas operações suspensas à noite.

Treze voos que tinham o Brasil como origem ou destino ontem foram cancelados. Até a conclusão desta edição, dois voos que chegariam a Guarulhos hoje -um da TAM e um da American Airlines- tinham sido suspensos. Três da TAM foram reprogramados.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, declarou estado de emergência.

Escolas foram fechadas e continuariam sem abrir hoje. Mais de 3 mil pessoas ficaram sem energia no Estado.

Em Massachusetts, o governador Deval Patrick determinou a proibição de viagens de carro pelas estradas do Estado a partir das 16h locais.

Pelo acúmulo de neve nas estradas, o risco é de que um motorista fique atolado na neve -e não haja equipes suficientes para guinchar os que desrespeitarem a proibição.

Enquanto o Serviço Nacional de Meteorologia só dá nomes a furacões e ciclones, o canal de notícias meteorológicas Weather Channel batizou a tempestade de neve de "Nemo". O nome "pegou" nas redes sociais.

As calçadas de Nova York começaram a se esvaziar das multidões de pedestres às 14h locais, quando a neve começou a cair mais pesadamente.

A previsão é de que a neve chegue a uma altura de 30cm, o que obrigaria pedestres a calçarem botas impermeáveis para não molhar (e congelar) os pés.

O metrô continuava a funcionar, mas poderia ser fechado a qualquer momento, de acordo com a intensidade da tempestade. Ônibus biarticulados deixaram de circular por serem mais vulneráveis aos ventos fortes.

"Fique fora das ruas e dos carros, e permaneça em casa durante o pior da tempestade", disse o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, em coletiva ontem à tarde.

"Cozinhe o jantar, fique em casa, leia um bom livro ou assista a um filme. Pegue leve", completou, dizendo que ainda não sabia se cozinharia ou pediria "um delivery do restaurante grego da esquina".

Filas se formaram pela manhã nos postos de gasolina da cidade, mas o prefeito pediu para que fosse evitado o pânico. Mercados e farmácias, contudo, estavam lotados de nova-iorquinos preparando estoque de mantimentos.

As redes de televisão locais diziam que a correria pela tempestade de neve é a maior em anos, graças à memória recente da supertempestade Sandy, que afetou Nova York há 100 dias- e deixou boa parte da cidade sem luz e metrô por mais de uma semana.

Os ventos tiveram média de 20 a 50 km/h, chegando a 80 km/h no auge. No Canadá, ao menos três pessoas morreram, duas num acidente de trânsito causado pela nevasca.


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