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Republicanos impedem a posse de indicado por Obama à Defesa

Leon Panetta, atual secretário, pretendia deixar o cargo hoje

DE WASHINGTON

A oposição republicana nos EUA brecou ontem a votação do ex-senador Chuck Hagel, filiado ao mesmo partido, para chefiar o Departamento da Defesa no segundo mandato de Barack Obama.

Embora a manobra não signifique, ainda, a queda de Hagel, ela pesa contra Obama em um momento em que o país precisa lidar com cortes na Defesa, críticas ao uso de drones (aviões pilotados à distância) para matar suspeitos de terrorismo e a retirada parcial do Afeganistão.

O atual secretário da Defesa, Leon Panetta, pretendia despedir-se hoje, contando com a aprovação do sucessor.

Será preciso agora que ele espere ou que um interino assuma até o dia 26, quando o Congresso volta de um recesso e ocorre a nova votação.

"Isso aqui não é jogo de futebol de colégio. Estamos tentando confirmar quem conduzirá a Defesa do país", reclamou o líder da maioria democrata, Harry Reid, acusando a oposição de usar a sessão para infligir uma derrota política ao presidente e capitalizar isso nas eleições legislativas do ano que vem.

"Pelo bem da segurança nacional, deixemos esse teatro político de lado."

Foi em vão. A sessão foi obstruída por meio de um procedimento peculiar aos EUA, o "filibuster" (quando legisladores que se opõem a uma medida ocupam o púlpito com discursos inócuos até o tempo esgotar ou a situação conseguir maioria de 60% e romper o impasse).

Os democratas têm 55 das 100 cadeiras no Senado, e ontem conseguiram 58 votos.

Os republicanos se opõem a Hagel sobretudo por ele ter sido contra a Guerra do Iraque e por ter criticado a influência do lobby de Israel em Washington. O desempenho trôpego do ex-senador durante sua sabatina, com respostas erradas e evasivas, não ajudou a reverter a objeção.

Mesmo assim, seu nome foi chancelado nesta semana pela Comissão de Serviços Armados do Senado, onde os governistas são maioria e todos os republicanos votaram contra.


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