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Chávez regressa à Venezuela de surpresa após 2 meses internado

Presidente, que se operou de câncer em Cuba, voltou de madrugada e fez anúncio pelo Twitter

Ainda há dúvidas sobre sua posse, prevista para janeiro e depois adiada; manifestantes fazem festa em ruas de Caracas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

De surpresa, após mais de dois meses de internação em Cuba para se submeter à quarta cirurgia contra um câncer, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, 58, voltou ao país -e anunciou o regresso em primeira mão a 4 milhões de seguidores no Twitter.

"Chegamos de novo à pátria venezuelana. Obrigado, meu Deus! Obrigado, povo amado! Aqui continuaremos o tratamento", disse o texto na conta de Chávez no Twitter, que não era atualizada desde 1º de novembro -ele viajou a Havana em 10 de dezembro para a operação.

Segundo o vice-presidente do país, Nicolás Maduro, partiu do próprio Chávez a iniciativa de dar a notícia pela rede social. O vice não deu detalhes sobre o estado de saúde do mandatário, mas disse que a evolução de seu quadro será informada no decorrer dos próximos dias.

O presidente aterrissou em Caracas ontem de madrugada, acompanhado da equipe médica responsável por seu tratamento em Cuba, e foi transferido ao hospital militar Dr. Carlos Arvelo. Diferentemente do ocorrido nas viagens anteriores, a TV estatal não transmitiu a chegada.

Logo após o anúncio do retorno de Chávez, por volta das 4h em Brasília, partidários do presidente soltaram fogos e foram à praça Bolívar, no centro da capital, perto do Palácio de Miraflores, sede do governo.

Com bandeiras, fotos e cartazes de Chávez, os manifestantes também se dirigiram à porta do hospital, apesar do pedido de silêncio feito por Maduro. Mais tarde, o vice disse que serão organizados atos de apoio do chavismo, desde que seja preservada a tranquilidade dos pacientes.

As primeiras imagens de Chávez desde a internação em Havana haviam sido divulgadas apenas na sexta-feira passada -nas fotos, o venezuelano aparecia ao lado de duas filhas, olhando para a edição de 14 de fevereiro do jornal cubano "Granma".

DÚVIDA SOBRE A POSSE

O governo venezuelano ainda não informou como pretende proceder em relação à posse de Chávez, adiada indefinidamente pelo Tribunal Supremo de Justiça do país -que é dominado pelos chavistas- devido à sua internação fora da Venezuela.

No poder desde 1999, o presidente foi eleito para mais um mandato (2013-2019) em 7 de outubro do ano passado e, conforme a Constituição, deveria ter feito o juramento de posse no dia 10 de janeiro.

Na época, o adiamento foi aprovado por aliados da Venezuela, entre eles o Brasil, e condenado pela coalizão opositora, a MUD (Mesa de Unidade Democrática), que o classificou de "grave violação da ordem constitucional".

Uma fonte da Corte Suprema disse à agência AFP que o tribunal está "pronto" para fazer o juramento de posse de Chávez a qualquer momento. "A única coisa que se espera é a decisão do presidente e de sua equipe médica", declarou a fonte, não identificada.

Em comunicado posterior ao regresso de Chávez, a MUD exigiu transparência do governo e pediu "que se diga a verdade aos venezuelanos [sobre o estado de saúde do presidente] e se proceda de acordo com a Constituição".

O líder oposicionista Henrique Capriles, derrotado por Chávez na eleição de 2012, deu as boas-vindas ao presidente e pediu que o retorno dê "sanidade" ao governo.


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