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Correa deve controlar o Congresso do Equador

De acordo com analista, é a primeira vez que alguém obtém tanto poder

Presidente promete não mudar a Constituição para tentar um novo mandato em 2017; nova lei de mídia é prioridade

SYLVIA COLOMBO ENVIADA ESPECIAL A QUITO

Além dos 57% que o mantiveram no cargo de presidente do Equador por mais um mandato, o presidente Rafael Correa deverá obter, também, uma ampla maioria na Assembleia, segundo as projeções a partir dos votos já contabilizados.

O Alianza PAIS (Patria Altiva y Soberana), partido de Correa, deve ficar com cerca de 90 das 137 cadeiras no Congresso unicameral do país, formado por representantes nacionais e provinciais.

A segunda força, o Creo, partido do segundo colocado, Guillermo Lasso, surge com apenas 12 congressistas, também de acordo com resultados parciais.

"É a primeira vez em muitos anos que alguém tem tanto poder no Equador", diz o cientista social Simón Pachano, da Flacso (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais).

"A composição da Assembleia indica também o declínio da esquerda mais radical e a consolidação de Correa como um fenômeno caudilhista. As pessoas não votaram nos candidatos, mas nele", completa Pachano.

Segundo ele, a votação, tanto para presidente como para a Assembleia, demonstra que Correa está se tornando um líder de centro e esvaziando as opções de centro-esquerda e centro-direita.

"Com isso, sobram pífios oposicionistas nos extremos. De um lado, a esquerda mais radical, que não obterá nem 5% das preferências, de outro, a direita mais conservadora, com igual representação", diz.

Em seu discurso de anteontem na avenida Los Shyris, uma das mais importantes de Quito, onde realizou a festa da vitória, Correa disse que a maioria na Assembleia a livrará dos boicotes e dos golpistas.

MÍDIA

Ontem, o atual presidente da Assembleia equatoriana, Fernando Cordero, anunciou que a Casa começaria a votar imediatamente a Lei de Comunicação.

Polêmico por criar cotas para concessão de rádios e uma agência controladora da mídia, o projeto havia sido travado pelo atual Congresso do país.

Correa declarou que a aprovação da lei é uma de suas prioridades para o novo mandato.

O presidente também disse que não tentará mudar a Constituição para obter um terceiro mandato.

No poder desde 2007, Correa já aprovou uma nova Carta em 2008, com a qual revalidou seu cargo em 2009, por outros quatro anos.

Se terminar o novo mandato, Correa ficará até 2017 no poder. O mandatário anunciou que, depois desse período, quer mudar-se para a Bélgica, de onde vem sua mulher, Anne, e dedicar-se à sua família.


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