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Com ajuda da internet, comediante torna-se a sensação da campanha

DO ENVIADO A ROMA

Beppe Grillo, 64, é cômico de origem, mas ninguém mais está rindo dele na campanha eleitoral. Na verdade, ele é quem está rindo dos concorrentes, aos quais desafia em cada um de seus comícios de massa ao grito de "rendam-se, vocês estão cercados pelo povo italiano".

Repetiu o grito em 77 praças públicas lotadas, às quais aporta em um "motor-home" -emprestado, segundo diz.

Virou tremendo sucesso de público e crítica: "Vença quem vença, será lembrada como a eleição de Beppe Grillo", diz, por exemplo, Beppe Severgnini, colunista do "Corriere della Sera", jornal sem a menor simpatia por ele.

Grillo lançou seu "Movimento 5 Stelle" (5 Estrelas) faz apenas quatro anos. É um precursor, portanto, dos "indignados" que pipocaram em vários países no ano passado. Mas é o único que está conseguindo transformar a indignação em votos: as pesquisas mais recentes dão a ele, na média, 16% dos votos, em terceiro lugar, à frente do premiê Mario Monti. A mídia calcula que fará cerca de cem deputados do total de 630.

Ele próprio não pode ser candidato porque foi condenado por homicídio culposo em acidente de trânsito, em 1980. O M5S proíbe que condenados figurem nas suas listas. Grillo se apresenta apenas como "porta-voz".

O M5S é tipicamente uma expressão das redes sociais, tanto que Grillo costuma dizer que o movimento "tem os pés no chão e a cabeça na web". É tal a crença na rede que pretende substituir a democracia convencional por uma democracia direta.

Nela também ancora parte de seu programa econômico, que prevê reduzir o deficit via corte do desperdício e introdução de novas tecnologias.

Grillo, que já foi acusado de fascista a anarquista, não se incomoda. Em recente comício em Turim, levou ao palco o dramaturgo Dario Fo, 86, ícone da intelligentzia italiana e do antifascismo.


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