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Palestinos acusam o governo de Israel de ter torturado prisioneiro
Jovens munidos de pedras enfrentam soldados na Cisjordânia
Autoridades palestinas afirmaram ontem que o prisioneiro morto em uma prisão israelense, no sábado, foi torturado. O governo de Israel, no entanto, afirma que os resultados da autópsia são preliminares e inconclusivos.
As declarações vêm na sequência de dias tensos na Cisjordânia, com marchas e greves de fome de prisioneiros. Munidos de pedras, jovens palestinos enfrentaram soldados israelenses, ontem.
Segundo Issa Qaraqea, ministro palestino dos Prisioneiros, o corpo de Arafat Jaradat, 30, apresenta sinais de tortura, o que prova "que Israel o assassinou". Havia, afirma o ministro, "fraturas em todo o corpo e no crânio da vítima".
O Ministério da Justiça de Israel, por sua vez, divulgou comunicado no qual diz não ter sido detectado nenhum sinal visível no corpo, além daqueles provocados por massagem cardiovascular feita na tentativa de reanimá-lo. Serão feitos ainda exames microscópicos e toxicológicos.
O palestino havia sido preso em 18 de fevereiro para ser interrogado pelo Shin Bet, serviço de segurança interior de Israel, sobre confrontos na colônia judaica de Kiryat Arba que deixaram um israelense ferido, em novembro.
Em reação à morte do prisioneiro e à greve de fome anunciada por 3.000 dos palestinos que são mantidos presos em Israel, foram realizados diversos protestos anti-Israel, ontem, em diferentes pontos da Cisjordânia.
A maior parte dos presos palestinos jejua apenas neste domingo, mas outros quatro estão em greve de fome há mais de um mês e foram encaminhados a um hospital.