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Berlusconi enfrenta protesto de mulheres seminuas

DO ENVIADO A ROMA

O inoxidável Silvio Berlusconi, três vezes primeiro-ministro da Itália, não consegue escapar de rolos com as mulheres nem no dia em que votava para tentar um quarto mandado: ao entrar na sala de votação do Colégio Dante Alighieri, em Milão, três militantes do movimento "Femen" desafiaram a neve e um frio de 2 graus, tiraram as blusas e exibiram a frase "Basta, Silvio" inscrita no corpo.

Foram rapidamente atacadas e dominadas por policiais, enquanto Berlusconi ironizava: "As senhoritas deveriam aprender a sorrir".

Dos 47 milhões de italianos aptos a votar, 46,6% o haviam feito até 19h de ontem (15h em Brasília), menos que os 48,2% que compareceram até o mesmo horário na eleição anterior (2006).

O menor comparecimento se deve aparentemente à meteorologia: havia muita neve no centro-norte. É razoável supor que o eleitorado tenha preferido valer-se do fato de que tem um segundo dia para votar (até 15h de hoje).

De todo modo, os analistas italianos preocupam-se menos com quem vai vencer a eleição e mais com a possibilidade de que não haja um ganhador claro.

A lei dá ao partido/coligação mais votado um prêmio de maioria, com o que o vencedor fica automaticamente com 55% das 630 cadeiras da Câmara. É um mecanismo estabilizador, mas que fica inócuo porque, para o Senado, o prêmio de maioria é regional, não nacional.

Como Senado e Câmara têm poderes idênticos, não adianta Pier Luigi Bersani (centro-esquerda) confirmar o favoritismo que as pesquisas lhe dão para a Câmara, se ele não tiver a maioria na outra Casa, de resto a hipótese que os analistas consideram a mais provável.

A coligação "Italia Giusta", slogan de Bersani, terá que compor com Mario Monti, o centrista cujo governo o Partido Democrático apoiou em seus 13 meses de duração.

É o que já antecipa Enrico Letta, tido como ministro de Economia em um governo Bersani: "Acho que seremos obrigados a fazer uma coligação e estou seguro de que esta deve incluir o movimento de Monti".

Mas Monti já disse que não aceita governar com o esquerdista Nichi Vendola, líder do SEL (sigla em italiano para Esquerda, Ecologia e Liberdade), coligado com Bersani, que, por sua vez, jura que não se desprenderá de Vendola.


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