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Soldados de missão da ONU são detidos por rebeldes sírios

Cerca de 20 capacetes azuis foram capturados na região turbulenta das colinas de Golã, na fronteira com Israel

Conselho de Segurança condenou incidente e exigiu a libertação dos integrantes da tropa de paz das Nações Unidas

DIOGO BERCITO DIOGO BERCITO

Homens armados, afirmando serem ligados à oposição síria, detiveram ontem cerca de 20 integrantes de uma tropa de paz da ONU num local próximo à fronteira israelense nas colinas de Golã. A informação foi confirmada à Folha pelas Nações Unidas.

O Conselho de Segurança desse órgão condenou o incidente em nota oficial e exigiu a libertação dos capacetes azuis. A ONU diz ter enviado equipe para solucionar o impasse.

De acordo com Vitaly Churkin, embaixador russo na ONU, os sequestradores fizeram exigências relacionadas à situação na Síria. Ele não detalhou os pedidos.

Em um vídeo disponível no YouTube, no entanto, um grupo que se identifica como os Mártires de Yarmuk afirma que os funcionários da ONU serão mantidos reféns até que as tropas do regime sírio se retirem da região. Os cativos não aparecem nas imagens, mas há cenas de veículos das Nações Unidas.

A insurgência na Síria é um corpo heterogêneo que inclui de ativistas a guerrilheiros ligados a grupos extremistas.

Rebeldes enfrentam há dois anos o regime do ditador Bashar Assad, em um conflito sangrento que já deixou mais de 70 mil mortos, de acordo com a ONU.

O incidente de ontem demonstra que os embates já transbordam para a região turbulenta de Golã, uma das razões pelas quais a crise síria é acompanhada de perto pelas autoridades israelenses, que temem respingos.

As colinas de Golã foram capturadas por Israel em 1967. Um cessar-fogo de 1973, formalizado no ano seguinte, impede que tropas sírias entrem no local disputado.

Os países continuam, tecnicamente, em guerra. A missão de observadores da ONU é responsável por manter a paz na zona desmilitarizada.

Na segunda-feira, Israel havia alertado a ONU de que não poderia "esperar inerte" que a guerra civil síria atravessasse a fronteira.

O confronto, porém, já afeta os países da região. Na segunda-feira, uma emboscada matou 40 soldados sírios que haviam buscado refúgio no Iraque. Ontem, a agência da ONU para refugiados afirmou que mais de 1 milhão de sírios pediram abrigo em países vizinhos.

Os membros da ONU capturados participavam de uma missão de paz na região de Al Jamlah, observando os danos causados a um posto de observação. O local havia sido abandonado na semana passada após haver "combates intensos nas proximidades", de acordo com a ONU.


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