Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Para professor britânico, arquipélago ainda é colônia

DA ENVIADA ÀS MALVINAS

"Presidente Cristina Kirchner, não temos nenhum desejo de sermos dirigidos por Buenos Aires. Esperamos que isso seja respeitado e que o mundo escute a voz dos habitantes das ilhas Falklands", disse Gavin Short, membro da Assembleia local.

A cerimônia celebrava o referendo que decidiu que as Malvinas (Falklands) continuarão como território britânico de ultramar. O "sim" venceu com 98% dos votos.

O clima de festa foi interrompido em duas ocasiões.

A imprensa argentina perguntou se o referendo é legítimo para derrubar determinação da ONU de 1965 de que Argentina e Reino Unido deveriam negociar a soberania.

"Não há o que discutir se a população das Falklands não quer. O ano de 1965 está muito longe e, desde então, houve uma guerra, que mudou tudo", disse Dick Sawle, também da Assembleia.

Depois foi o professor Peter Willets, da Universidade de Londres, que veio ao arquipélago como observador, mas se transformou num polemista, destoando da unanimidade em torno do "sim".

Para ele, é contraditório evocar o direito de autodeterminação, mas continuar sendo um território britânico.

"Vocês ainda são uma colônia, isso não vai satisfazer o comitê de descolonização da Organização das Nações Unidas, que não reconhece o direito de um território de permanecer uma colônia", disse.

"Sua discussão é teórica, o que tivemos foi a demonstração democrática da vontade do povo", respondeu Sawle.

Os "kelpers" recusam o selo de "colônia", afirmando que são independentes economicamente e escolhem seu próprio governo.

Para Willets, o caminho é o arquipélago ser um país. "Hoje, as Falklands não podem mudar sua Constituição sem o aval de Londres, o chefe do Executivo é um servidor britânico e o governo, se Londres quiser, pode ser desfeito a qualquer momento", declarou o observador.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, pediu que o governo da Argentina respeite a vontade dos habitantes do arquipélago. (SYLVIA COLOMBO)


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página