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Confisco em Chipre gera tensão nas Bolsas

Decisão de incluir taxa sobre depósitos bancários em pacote de resgate leva a nervosismo e é alvo de críticas

Com medo de corrida bancária, governo decreta fechamento de agências; pacote pode ser renegociado

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A exigência de taxas de até 9,9% sobre os depósitos bancários de habitantes do Chipre como contraponto ao pacote de resgate de € 10 bilhões (US$ 13 bilhões) de credores do país fez as bolsas pela Europa e o euro despencarem ontem.

O efeito foi sentido principalmente em dois dos países mais prejudicados pela crise do euro. Os índices de Espanha e Itália foram os que registraram as maiores quedas no dia (1,29% e 0,85%, respectivamente).

Para obter o pacote de resgate econômico da União Europeia e FMI, o governo do Chipre concordou no último sábado em tomar uma porcentagem sobre todos os depósitos bancários de cidadãos cipriotas. O acordo prevê uma taxa de 6,75% sobre valores de até € 100 mil e 9,9% para os que ultrapassarem essa quantia.

Apesar de a economia cipriota representar apenas 0,2% do produto conjunto dos 17 países da União Europeia que têm o euro como sua moeda, a medida despertou o medo de que o mesmo aconteça em outros países, alastrando um possível contágio.

Estava previsto que ontem o Legislativo do Chipre tomasse uma decisão sobre a incidência de taxa sobre os depósitos bancários do país. A discussão, porém, foi adiada para hoje.

O governo cipriota agora está tentando modificar os termos do acordo original, principalmente para que o prejuízo sobre os poupadores que tenham menos de € 100 mil seja menor, contanto que o valor do resgate ao país não diminua.

"Creio que a taxa de confisco foi má ideia, mas eles a impuseram a nós", declarou ontem o ministro das Finanças cipriota, Michalis Sarris.

Uma solução que está sendo aventada é graduar o imposto: impor uma taxa única de 3% sobre os depósitos de até € 100 mil, porcentagem que iria subindo até chegar a 15% para os depósitos superiores a € 500 mil.

BANCOS FECHADOS

O anúncio da taxação causou uma corrida aos bancos cipriotas.

Devido a isso, o governo decretou feriado bancário até amanhã.

Dois dos principais governos europeus reagiram ao anúncio da taxa sobre os depósitos.

Steffen Seibert, porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, disse que devem ser os cipriotas os que devem decidir sobre a taxa.

Por outro lado, o ministro das Finanças da França, Pierre Moscovici, disse que aceitaria se os cipriotas não taxassem as pessoas com depósitos menores de € 100 mil.

O governo americano também se pronunciou dizendo que monitora de perto a situação no país europeu, um dos mais afetados pela situação da Grécia, que é um dos principais compradores de seus produtos.


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