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Palestinos dizem que americano é persona non grata

DO ENVIADO A RAMALLAH

Barack Obama não deve receber, por parte da população palestina, a recepção pela qual os árabes são tradicionalmente conhecidos.

"Nada de 'ahlan wa sahlan' para ele", diz à Folha Muhammad Ibrahim Musa, garçom em um café no centro de Ramallah. Ele se refere à frase que, em geral, dá as boas-vindas aos visitantes.

Ativistas declararam recentemente que o presidente dos EUA é persona non grata na região e planejam protestos para os próximos dias, quando ele deve se reunir com a liderança palestina.

"Ele é um judeu", afirma Musa. "Ele é um mentiroso. Nós não gostamos dele."

A Folha acompanhou um protesto pacífico em Ramallah ontem. Ativistas balançavam sapatos nas mãos (gesto ofensivo no mundo árabe) e traziam cartazes com frases como "nós também temos um sonho".

Nas ruas, ainda restavam alguns dos pôsteres contra a visita -boa parte foi retirada após reclamações de ativistas, que afirmam que os cartazes reduzem a questão palestina ao acesso à internet.

Um dos cartazes dizia "presidente Obama, não traga seu smartphone para Ramallah. Nós não temos 3G".

"Achamos que a visita dele não traz nada", diz Hatan Qaswani. "É falsa esperança. Ele vem com uma mensagem de paz, mas quer ganhar tempo para a ocupação [israelense na Cisjordânia]."

Diante dos portões da Universidade Hebraica de Jerusalém, orgulho israelense na educação, a estudante palestina Hanan Abu Hussein tem opinião afim. "Que me importa a visita de Obama? É um colonialista. Nunca vai ajudar os palestinos."

Para o ativista Mustafa Barghouti, que concorreu à Presidência da Autoridade Palestina em 2005, a agenda da visita de Obama à Cisjordânia não é satisfatória. "Esperava que ele visse o sistema de segregação. Caso não nos surpreenda, ele estará nos empurrando de volta à primeira casa do tabuleiro." (DB)


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