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Polícia revista apartamento de diretora do FMI em Paris

Christine Lagarde é acusada de favorecer empresário quando era ministra

Governo do socialista Hollande também sofre revés com renúncia de ministro do Orçamento, acusado de evasão fiscal

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Enquanto a diretora-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, dirigia ontem uma reunião em Frankfurt, seu apartamento em Paris era alvo de uma extensa revista da polícia francesa.

A operação de busca e apreensão faz parte da investigação que apura se Lagarde intercedeu de forma ilegal para que um empresário francês recebesse uma alta soma em indenização na época em que era ministra das Finanças do país.

Os agentes entraram na casa de Lagarde durante a manhã e recolheram documentos e outros dados sobre o processo. Segundo o advogado de defesa, Yves Repiquet, a busca ajudará a "exonerar minha cliente de qualquer ação criminosa".

Lagarde é acusada de beneficiar o empresário Bernard Tapie quando ministra do governo conservador de Nicolas Sarkozy, entre 2007 e 2011.

Dono da Adidas e aliado do então presidente, Tapie recebeu € 400 milhões (R$ 1,02 bilhão) de indenização de um tribunal arbitral após a frustrada venda da empresa ao Crédit Lyonnais.

A operação entre a fornecedora de material esportivo e o banco público francês ocorreu no fim da década de 1990. Os críticos e o Ministério Público afirmam que a indenização entregue a Tapie foi muito generosa.

O FMI não comentou ontem sobre o mandado de busca e apreensão.

A investigação sobre Lagarde já havia sido tema explorado quando a ex-ministra foi nomeada para chefia o FMI em 2011, em meio à crise envolvendo seu antecessor, o também francês Dominique Strauss-Kahn.

Strauss-Kahn deixou o fundo após protagonizar um escândalo sexual com uma camareira em um hotel de Nova York, que o acusava de tentativa de estupro. A mulher, depois, retirou as acusações.

A revista no apartamento de Lagarde faz parte de um procedimento preliminar de investigação. Se as autoridades decidirem, no entanto, que há evidência suficiente para abrir um inquérito, a francesa pode ser forçada a deixar o cargo no FMI.

A CRISE DE HOLLANDE

Os problemas com a Justiça não atingiram só a oposição na França. O governo do socialista François Hollande foi obrigado a enfrentar o primeiro grande escândalo de seu governo.

O ministro do Orçamento, Jérôme Cahuzac, renunciou ontem sob acusação de evasão fiscal por supostamente manter uma conta bancária não declarada na Suíça.

O tema será investigado e Cahuzac, então responsável no governo pela campanha contra a evasão fiscal, nega.


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