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Em visita, Obama reafirma aliança 'eterna' com Israel

Americano disse que fará 'o que for necessário' para proteger o aliado e impedir um Irã com arsenal nuclear

Relação bilateral é envolta em desacordos desde que posse de Obama; processo de paz fica em segundo plano

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

Barack Obama, presidente dos EUA, afirmou ontem durante visita a Israel que o comprometimento americano com esse país aliado é "lanetzach" -usando o termo hebraico para "eterno".

Durante discursos, ele reiterou seu compromisso em impedir o Irã de obter um arsenal nuclear, afirmando que os EUA farão "o que for necessário". "A segurança de Israel não é negociável."

A relação entre Obama e o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, é, desde o primeiro mandato do americano, fria e envolta em desacordos. Mas ontem, em discursos, eles trocaram elogios.

"Israel não tem um melhor amigo do que os EUA", disse Netanyahu -a quem Obama chamou pelo apelido "Bibi".

Obama iniciou ontem sua primeira visita a Israel como presidente. Sua vinda tem, por ora, dado sinais de ser mais simbólica do que pragmática.

De acordo com as expectativas, em aparições públicas, o americano não deu sinais de que está no país para pressionar Israel e autoridades palestinas à retomada das negociações de paz.

Em vez disso, e em um primeiro momento sem mencionar os palestinos pelo nome (referindo-se a eles como "vizinhos"), Obama reiterou a aliança entre Israel e os EUA, afirmando caminhar no "lar histórico do povo judeu".

"Está claro que ele está do lado dos israelenses", afirma à Folha Xavier Abu Eid, porta-voz da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), referindo-se à ausência dos palestinos nos discursos.

No início da noite, porém, Obama afirmou que pretende entrar hoje em detalhes sobre o processo de paz, durante discurso a universitários.

Apesar da atenção internacional à possibilidade de as negociações de paz avançarem, o governo israelense está interessado, em primeiro lugar, em assegurar que os EUA estejam dispostos a ajudar Israel em caso de um conflito armado com o Irã.

"O tema mais importante para nós é a ameaça militar iraniana, e parece que esse tema é mais urgente, mais existencial", afirma à Folha Lior Ben Dor, vice-porta-voz da chancelaria israelense.

Hoje, antes de discursar a universitários israelenses, Obama irá se encontrar com Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina. Amanhã, ele visita a Igreja da Natividade, na Cisjordânia, onde cristãos creem ter nascido Jesus Cristo.

O território palestino tem visto demonstrações contra Obama, considerado persona non grata por ativistas. Ontem, centenas protestaram no centro de Ramallah.


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