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Análise

Expectativa árabe é baixa em relação a viagem de americano

DO “GUARDIAN”

As expectativas árabes em relação a Barack Obama vêm caindo constantemente desde o famoso discurso do presidente americano no Cairo em junho de 2009.

Discursos presidenciais posteriores não reacenderam a esperança de que Obama fosse adotar uma política significativamente diferente com relação ao conflito amargo entre Israel e os palestinos. Não há nada que sugira que isso vá mudar.

O clima de otimismo visto nos primeiros meses do primeiro mandato de Obama se deveu em grande medida ao fato de Obama não ser George Bush.

Mas o otimismo se desfez porque Obama cedeu primeiro no confronto com Binyamin Netanyahu sobre os assentamentos na Cisjordânia. E então vieram os dramas e distrações imprevistos da Primavera Árabe. O clima em toda a região não melhorou desde as eleições israelenses de janeiro.

Assim, algo incomum numa viagem de perfil tão alto, as expectativas estão sendo mantidas intencionalmente baixas, com a administração Obama destacando que não tem um novo plano de paz a propor. Em vez disso, o objetivo é assegurar a população israelense do apoio inabalável dos EUA e, ao mesmo tempo, reiterar seu compromisso com os palestinos.

A diplomacia dos EUA no processo de paz está parada, mas a notícia de que o secretário de Estado, John Kerry, vai retornar à região sugere que um novo esforço estaria sendo iniciado. A base mais provável ainda é a iniciativa árabe de paz de 11 anos atrás -uma oferta de reconhecimento amplo de Israel em suas fronteiras de 1967, desde que a questão palestina seja solucionada de modo justo.

Em vista da recusa dos EUA (e Europa) de fazer uso da alavancagem considerável à sua disposição para pressionar Israel a desocupar assentamentos, é melhor que o presidente não insista na retomada imediata de negociações bilaterais, argumentou Daniel Levy, do Conselho Europeu de Relações Exteriores.

A impunidade e o maximalismo israelenses, somados ao desnível entre as duas partes, garantem que negociações diretas reiniciadas fariam mais mal do que bem, contribuindo para convencer os respectivos públicos mais ainda da impossibilidade de um acordo.

Tradução de CLARA ALLAIN


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