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New York Times

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Robôs industriais ficam mais delicados e prestativos

Máquinas aprendem preferências de colegas de equipe

Por ANNE EISENBERG

Robôs usados em fábricas geralmente ficam enjaulados na linha de produção para evitar acidentes que vitimem humanos.

Mas, agora, graças a avanços tecnológicos, robôs industriais mais delicados estão saindo de trás das grades para trabalhar ao lado das pessoas. A chave para isso é a capacidade de reagir de forma mais flexível.

Isso difere de gerações anteriores de robôs, que costumavam precisar de longas programações para alterar os mínimos detalhes da sua rotina, segundo Henrik Christensen, diretor do programa de robótica do Instituto de Tecnologia da Geórgia.

"Pesquisadores em laboratórios do mundo todo estão fabricando robôs que podem prever movimentos humanos para lhes dar a melhor assistência possível", disse ele.

Entre esses pesquisadores está Julie Shah, professora-assistente do departamento de aeronáutica e astronáutica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês).

Shah já treinou robôs à moda antiga: apertando botões que basicamente lhes dizem "bom", "ruim" ou "neutro" a cada etapa do trabalho. Agora, ela acrescentou uma técnica chamada treinamento cruzado, em que robôs e humanos aprendem coisas uns com os outros.

Num estudo recente, Shah e um aluno colocaram equipes para realizar uma tarefa tirada de uma linha de montagem: os humanos colocavam parafusos, e os robôs perfuravam.

Os participantes então trocaram de tarefas, e os robôs observaram os humanos na tarefa de perfurar.

"O robô não está aprendendo a forma ótima de perfurar", disse Shah. "Em vez disso, ele está aprendendo as preferências de um colega de equipe e como cooperar."

Quando os participantes retomaram suas tarefas originais, tanto os robôs quanto os humanos passaram a fazê-las de maneira mais eficiente.

"Ao aprender o papel de um humano, o robô pode antecipar melhor as ações e ser um parceiro melhor, mesmo que no final ele vá fazer uma só função", disse Andrea Thomaz, professora-assistente de computação interativa no Instituto de Tecnologia da Geórgia.

Robôs delicados e prestativos também estão chegando ao mercado. Desde janeiro, a Rethink Robotics, de Boston, está entregando a seus clientes um robô de dois braços chamado Baxter, que custa US$ 22 mil e pode trabalhar fora da jaula, deslocando-se entre as pessoas.

O Baxter é capaz de erguer objetos de uma esteira transportadora. "Você não precisa lhe dizer a velocidade exata da esteira", disse Rodney Brooks, fundador, presidente e diretor de tecnologia da Rethink. "Ele ajusta sua velocidade à velocidade do objeto."

A dinamarquesa Universal Robots vende por US$ 33 mil um robô de um braço que também pode ser usado sem jaula.

Os novos robôs em breve terão habilidades ainda mais avançadas, segundo Stefan Schaal, professor de ciência da computação, neurociência e engenharia biomédica na Universidade do Sul da Califórnia.

Os robôs serão capazes de entrar na internet e trocar informações, ampliando suas capacidades."Vai demorar até chegarmos lá", disse Schaal, "mas vai acontecer".


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