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New York Times

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Facebook, ainda dominante, luta para manter o encanto

Por Jenna Worth­man, Vindu Goel e Nicole Per­loth

Quando Evan Spiegel perscrutou o futuro de sua companhia, a Snapchat, não viu o Facebook. Viu outra coisa, muito maior -uma rede social que poderia existir sozinha, fora do Facebook.

O Facebook ainda é o serviço de mídia social predominante e tem sido um candidato atraente para muitas start-ups. A Snapchat provavelmente dispensou o Facebook em parte porque pensou que poderia conseguir muito mais que os bilhões que Zuckerberg se dispunha a pagar.

Mas a esnobada também sugere um possível futuro em que o Facebook não é mais o lugar preferido na web para as pessoas entrarem em rede. A rápida ascensão de novatas como Snapchat em uma paisagem mutante de mídia social sugere uma modificação em como e onde as pessoas gostam de passar o tempo.

A rejeição também revela uma mudança de percepção do Facebook na indústria tecnológica. Enquanto a novata criativa evolui para uma imensa corporação, empresas mais jovens que se consideram igualmente inovadoras não acham atraente a dimensão do Facebook. Para não falar que muitas delas estão tentando oferecer alternativas ao Facebook.

Apesar da primazia do site no mercado de mídia social, alguns números sugerem que o vício no Facebook deu lugar ao cansaço, pelo menos entre alguns usuários. Um estudo do Pew Internet and American Life Project revelou que a maioria dos usuários em algum momento tirou uma pausa de várias semanas do serviço, citando como causas o tédio e a irrelevância de seu conteúdo. Entre os usuários mais jovens -entre 18 e 29 anos- que primeiro projetaram o Facebook à proeminência, 38% disseram que pretendiam passar menos tempo no site neste ano.

Esse cansaço também pode ter começado a se transferir para os desenvolvedores que constroem apps para o Facebook. O negócio da companhia depende de seu relacionamento com esses desenvolvedores. Em seus primeiros anos, o Facebook atraiu cuidadosamente criadores de jogos, como a empresa Zynga.

Mais tarde, porém, mudou suas regras para dificultar que os apps se tornassem virais. E recentemente, vem tentando atrair os desenvolvedores de volta com algumas condições mais favoráveis.

Para qualquer empresa tão grande quanto o Facebook, encontrar novas fontes de crescimento é um desafio. Seus executivos usaram aquisições para ajudar a promover o crescimento. Ser capaz de identificar alvos potenciais é importante para a continuação de seu sucesso.

O Facebook soube conquistar start-ups que tiveram sucesso em áreas em que ele está ávido para entrar, como o Instagram, o app de compartilhamento de fotos que comprou em 2012 por cerca de US$ 1 bilhão. O serviço, que tinha 30 milhões de usuários na época, hoje tem mais de 150 milhões e recentemente os primeiros anúncios começaram a aparecer entre as fotos dos usuários. As duas empresas se casaram bem, mas a compatibilidade do Facebook com a Snapchat não ficou clara. Este é um aplicativo de mensagens de celular que se concentra na impermanência e oferece privacidade.

O Facebook pressiona os usuários para que compartilhem mais. A aposta na a Snapchat parece uma tentativa do Facebook de recuperar parte do fator moda. Agora com os usuários mais jovens preferindo Snapchat -que diz processar quase tantas fotos por dia quanto o Facebook-, ela poderá levar vantagem.

Christopher Poole, 25, fundador do painel de mensagens 4chan, disse que a ação agressiva do Facebook na direção da Snapchat pode indicar uma crise de identidade.

"Isso significa que eles estão dispostos a adotar uma alternativa à identidade do Facebook ou que se sentem tão ameaçados pela Snapchat que deixariam sua própria ponte de comando?"


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