Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

New York Times

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Reguladores debatem uso civil de drones

Por ANNE EISENBERG

De forma talvez surpreendente, dada a sensibilidade da Europa à vigilância eletrônica -sem falar nas sérias preocupações com segurança-, as autoridades de aviação europeias parecem até o momento menos predispostas a impedir o desenvolvimento da indústria civil de drones do que os órgãos reguladores nos Estados Unidos.

Enquanto a União Europeia tenta estabelecer normas gerais, países do bloco estão individualmente buscando definir abordagens próprias para os drones e, em muitos casos, até estimulando o seu desenvolvimento.

Essa é a razão pela qual quase mil veículos não tripulados estão atualmente autorizados a sobrevoar comercialmente uma dezena de países europeus. À frente estão o Reino Unido, a França e a Alemanha, que também destinaram financiamento para pesquisa e puseram instalações militares à disposição de empresas para voos de teste. Estima-se que um terço de todos esses novos sistemas de drones em desenvolvimento esteja sendo produzido na Europa por mais de 400 empresas de pequeno e médio porte. Mas as preocupações com a privacidade levam alguns a cobrarem limites rígidos para o uso comercial de drones.

Com seus softwares e câmeras sofisticados, os drones vão mudar o mundo da vigilância, disse Jay Stanley, analista sênior de políticas na União Americana das Liberdades Civis (Aclu). A entidade quer evitar que órgãos do governo usem drones para "vigilância disseminada em massa e sem que haja nenhuma suspeita", disse ele.

Drones comerciais poderiam também se tornar a mais nova ferramenta para a coleta de dados do consumidor, alertou Parker Higgins, ativista da Fundação Fronteira Eletrônica, grupo de defesa de direitos digitais.

Legislativos de vários Estados norte-americanos estão elaborando leis para limitar o uso dos drones.

Mas experimentos com drones comerciais já ocorrem no Canadá. Em Edmonton, na província de Alberta, a Stantec, empresa de consultoria que usa fotografias aéreas em seu negócio de design e planejamento, comprou recentemente um drone fabricado pela senseFly. A Stantec está buscando certificação e licenciamento do governo canadense para o uso comercial do aparelho.

Curt Chapman, vice-presidente da empresa em Reno (Nevada), diz esperar que o uso do drone seja aprovado em breve para fotografias em baixa altitude, com autorizações específicas para cada projeto, em vez de receber uma licença geral.

A vantagem do drone, diz ele, é seu imediatismo. "Nós podemos pegá-lo, colocá-lo para voar e capturar condições locais, como inundações", afirmou. "Pode levar dias ou semanas para agendar o mesmo tipo de voo em um veículo tripulado."

Os clientes podem comprar um sistema inteiro, com o veículo aéreo, software e uma estação de controle, por menos de US$ 100 mil, sendo que sistemas menores custam de US$ 15 mil a US$ 50 mil, disse Jeff Lovin, vice-presidente sênior da Woolpert, empresas de mapeamento em Dayton (Ohio).

Em junho, a Trimble, empresa de Sunnyvale (Califórnia) que vende equipamentos de mapeamento, lançou um drone de 2,5 kg chamado UX5, disse Rob Miller, que supervisiona a linha do produto, a qual também inclui outro drone, o X100.

Os sistemas custam de US$ 30 mil a US$ 50 mil. Eles vêm sendo usados comercialmente fora dos Estados Unidos.

Gavin Schrock, editor-associado da revista de agrimensura "Professional Surveyor", diz que sua profissão estará entre as primeiras a adicionar os drones à sua lista de ferramentas. Sistemas aéreos são perfeitos para fazer uma avaliação de locais como minas a céu aberto, afirmou.

Tal tipo de sistema é mais seguro do que uma caminhada de inspeção ao redor do poço da mina, com as ferramentas tradicionais. "Odeio fazer isso", disse Schrock. "É perigoso."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página