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Lente

Música segue legado de Pete Seeger

Astros de hoje pressionam por mudanças sociais

Quando o cantor folk Pete Seeger morreu, em janeiro, os tributos se concentraram em como ele usou a música para promover a ação política. Ele viveu até os 94 anos e fez a crônica de muitos dos principais movimentos da história americana no último século, desde as marchas pelos direitos civis nos anos 1960 até os recentes protestos em Wall Street.

Seeger, cujas canções incluíam "Turn! Turn! Turn!" e "We Shall Overcome", foi um compositor que "passou uma longa carreira defendendo a música folk como um legado vital e um catalisador de mudanças sociais", escreveu o crítico Jon Pareles no "NYT".

"Para Seeger, a música folk e o sentido de comunidade eram inseparáveis. Onde ele via a comunidade, via a possibilidade de ação política."

Ele atuou como parte dos movimentos trabalhistas dos anos 1940 e 1950 e aderiu ao movimento contra a Guerra do Vietnã. Manifestou-se a favor de causas ambientais e contra a guerra no Iraque. No trajeto, serviu como mentor de cantores mais jovens, como Bob Dylan. Seeger disse certa vez que a música, se fosse bem utilizada, poderia ajudar a "salvar o planeta".

Embora seus estilos possam ser muito diferentes, alguns dos maiores astros pop de hoje usam a música de maneira semelhante, para pressionar por mudanças sociais. A causa dos direitos gays foi adotada por vários artistas, incluindo Lady Gaga, que fez sucesso com "Born This Way", e Katy Perry, que mostrou dois homens se beijando em seu videoclipe de "Firework". "Same Love", de Macklemore & Ryan Lewis, tornou-se o principal hino do casamento gay. Nos prêmios Grammy em janeiro, eles apresentaram a canção enquanto mais de 30 casais, gays e heterossexuais, se casavam ao vivo na televisão.

"Lewis, o produtor do grupo, disse que o casamento 'será em nossas mentes a declaração definitiva da igualdade, de que todos os casais têm direito a exatamente a mesma coisa'", escreveu Ben Sisario no "NYT". "O segmento segue o que os organizadores do Grammy dizem ser tradição do prêmio: abordar questões sociais contemporâneas pela música, como o dueto de Elton John com Eminem em 2011, que na época foi criticado como homofóbico."

Alguns espectadores chamaram os casamentos de golpe promocional de mau gosto; outros disseram que foi uma comemoração comovente. Grupos de oposição ao casamento gay condenaram a rede de televisão CBS.

O feminismo também teve uma voz de destaque recentemente, quando Beyoncé lançou um álbum em que abraçou a causa em público. O disco foi um enorme sucesso, tornando-se o disco de vendagem mais rápida na história do iTunes e ficando em primeiro lugar em cem países, relatou o "NYT". As canções são "quentes e elegantes, cheias de façanhas eróticas e vocais sensuais. De vez em quando, para variar, elas se tornam vulneráveis, compassivas ou pró-feministas", escreveu Pareles em uma resenha. A canção "Flawless" apresentou o áudio de um discurso da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie chamado "Todos devíamos ser feministas".

No clipe, Adichie critica como as garotas são ensinadas a não ser ambiciosas demais e são desencorajadas a se expressar sexualmente. Beyoncé dá a seus ouvintes sua definição de feminismo em uma citação final da autora: "Feminista: a pessoa que acredita na igualdade social, política e econômica dos sexos".

EMMA G. FITZSIMMONS

Envie comentários para nytweekly@nytimes.com


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