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Jogo dá aval a regras inventadas pelo público

Monopoly incorpora inovações feitas por fãs em nova edição

Por MARY PILON

Talvez você e seus amigos tenham transformado o "estacionamento grátis" em algo semelhante a ganhar na loteria, ao agregar os dividendos de impostos e taxas. Ou você lançou o seu próprio programa de estímulo monetário ao inflar a bolada de quem cai na casa inicial.

Se é assim, você tem jogado Monopoly incorretamente. Mas logo essas "regras da casa" podem receber um aval oficial.

A Hasbro, que desde 1991 fabrica o clássico jogo de tabuleiro, vai incorporar as principais "regras da casa" a uma edição especial do jogo a ser lançada no segundo semestre. "Embora as regras oficiais de Monopoly não mudem", disse a empresa, "os fãs que adoram jogar com 'regras da casa' agora terão a oportunidade de jogá-las no seu jogo".

A convite da Hasbro, os fãs vêm debatendo, na página do jogo no Facebook, os prós e contras de dez populares regras informais. A companhia escolherá cinco delas para incorporar a uma edição especial, além de incluí-las como um adendo às regras oficiais em um guia do jogo Monopoly, no ano que vem.

O anúncio pode ser odioso para muitos radicais do Monopoly, que lamentam o fato de a maioria das pessoas não seguir as regras oficiais.

Segundo essas regras, praticamente inalteradas desde a década de 1930, sempre que um jogador cai em uma propriedade vaga e decide não comprá-la, o banco vende o imóvel ao jogador que der o lance mais alto, o que acelera o jogo e intensifica a disputa entre os participantes. Cada jogador deve receber US$ 1.500 para começar o jogo, e o limite de 32 casas e 12 hotéis pode oferecer uma camada adicional de estratégia, ao criar uma escassez imobiliária.

Talvez a regra mais ignorada pelos jogadores leigos seja a de que, quando o dono de um imóvel deixa de pedir o pagamento de aluguel antes de os dados serem lançados, não há cobrança de aluguel nessa rodada.

Entre as regras informais, muitas ignoram limites estabelecidos: injetando mais dinheiro no "estacionamento grátis"; dando US$ 400 para quem volta à casa inicial, em vez de US$ 200 pela simples passagem por lá; e o uso de casas e hotéis adicionais caso o estoque fornecido se esgote. Há quem diga que prisioneiros não podem cobrar aluguel enquanto estão atrás das grades, e outros são favoráveis a negociar adiantamentos financeiros ou sociedade em imóveis.

Muitas das "regras da casa" podem prolongar o jogo, que geralmente termina em menos de 90 minutos nas competições de elite. Em geral, qualquer regra que coloque mais dinheiro no jogo faz com que demore mais até que algum jogador vá à falência. A Hasbro não divulga detalhes sobre as vendas do Monopoly, mas, levando-se em conta a edição original de mesa, as versões digitais e jogos correlatos com o sufixo "-opoly", produzidos sob licença da companhia, analistas dizem que o faturamento continua elevado, com vários milhões de exemplares vendidos desde a década de 1930.

No fim das contas, o novo esforço da Hasbro pode fazer pouca diferença sobre o tabuleiro. "Pessoas que jogam pelas 'regras da casa' obviamente não sentem a necessidade de ter a permissão da Hasbro", disse Jeff Lehman, que escreveu em 1975 um livro sobre as estratégias de Monopoly com Jay Walker, seu colega de moradia estudantil. "Mas as pessoas que não ficam confortáveis em alterar as regras 'oficiais' podem receber bem uma variação 'aprovada'."


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