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New York Times

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Novas lâmpadas tentam destronar incandescentes

Fabricantes criam alternativas a LEDs e fluorescentes

Por DIANE CARDWELL

WOBURN, Massachusetts - Embora normas americanas venham eliminando gradualmente as lâmpadas tradicionais, as luzes incandescentes continuam vendendo muito mais do que todos os outros tipos no grande varejo.

"Produzimos hoje fontes de luz melhores do que as lâmpadas incandescentes sob qualquer métrica quanto ao fornecimento dos benefícios que você espera da iluminação", disse Mark Rea, do Centro de Pesquisas da Iluminação, ligado ao Instituto Politécnico Rensselaer, em Troy (Estado de Nova York). "Mas é diferente."

Enquanto as autoridades e os fabricantes concentram seus esforços na melhoria e na comercialização da tecnologia LED, pesquisadores e empresários têm buscado outras técnicas, convencidos de que nenhuma das opções no mercado chega perto de oferecer aos consumidores a qualidade de luz com a qual eles estão familiarizados, a um preço suficientemente baixo. Agora duas start-ups estão prestes a começar a vender lâmpadas que utilizam tecnologias completamente diferentes das lâmpadas fluorescentes compactas e dos LEDs -uma delas emprestada da indústria pesada e outra dos televisores antigos.

Em um pequeno laboratório aqui, nos arredores de Boston, trabalha-se em uma nova lâmpada que vai se chamar Finally. É a busca de John Goscha, 30, que já teve uma criação bem-sucedida: o IdeaPaint, que permite que a maioria das superfícies funcione como um quadro branco fácil de apagar. Há cerca de três anos, ansioso por fazer algo novo, ele arregimentou a ajuda de Victor Roberts, ex-engenheiro da General Electric que entrou para o empreendimento. Em um voo para Hong Kong, os dois conversaram sobre a indução, tecnologia que, por sua durabilidade, tem muitas aplicações, incluindo motores de eletrodomésticos e guindastes de construção. Mas ela ainda não havia sido amplamente adaptada para uso doméstico em iluminação, porque era difícil e caro instalar os dispositivos eletrônicos necessários para gerar a luz brilhante e onidirecional que sai de uma lâmpada normal.

Com o advento de transistores menores e de outros avanços, no entanto, a empresa encolheu o aparelho até transformá-lo em uma antena com menos de oito centímetros, enrolada em um fio de cobre. Isso cria um campo magnético no interior da lâmpada de mercúrio, estimulando a produção de luz ultravioleta, o que por sua vez gera a luz ao interagir com um fósforo especial que reveste o vidro.

O resultado, a ser fabricado na Índia, já tem quase todas as aprovações necessárias para a comercialização nos Estados Unidos. Goscha planeja vender a lâmpada -que já se mostrou suficientemente promissora a ponto de atrair US$ 19 milhões de investidores- por US$ 8, tornando-a competitiva com alguns dos LEDs mais baratos no mercado.

Depois há a VU1, lâmpada que deveria ter chegado ao mercado há mais de três anos, mas que teve seu lançamento cancelado devido a problemas de produção. Mas o presidente-executivo William Smith disse que, com as novas operações de fabricação na China, em vez de na República Tcheca, a empresa está agora pronta para começar a despachar o produto para as lojas.

A VU1, que estará disponível inicialmente para luminárias embutidas, usa uma tecnologia semelhante à dos tubos de raios catódicos dos televisores, uma "tecnologia moderna da década de 1940", segundo Smith, na qual elétrons atingem um coquetel de fósforos sobre o vidro, o qual então reluz.

Os pesquisadores, vendo um mercado aberto, também estão trabalhando em outras tecnologias, inclusive plasma e os chamados LEDs orgânicos, que espalham a luz sobre uma superfície flexível.


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