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New York Times

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Lente

Conquistas e coleções incomparáveis

Para destacar-se hoje em dia é preciso ser o maior, o mais ousado ou, pelo menos, ter um número muito grande ligado às suas conquistas pessoais.

E, se suas realizações forem quantificáveis, você poderá ser imortalizado pelo livro "Guinness World Records".

Metallica, Miley Cyrus, One Direction e Eminem todos realizaram façanhas que lhes deram direito de figurar na edição 2015 do "Guinness", a ser lançada este mês nos Estados Unidos.

Como relatou o "New York Times", o Metallica é citado como a primeira banda de rock a ter se apresentado nos sete continentes do mundo, tendo transposto o último obstáculo com um show de heavy metal na Antártida em dezembro passado.

Já o One Direction foi incluído porque seus três primeiros álbuns estrearam na posição número 1 da parada Billboard. E Miley Cyrus, por ser a pop star mais buscada na internet.

Eminem deve sua presença no Guinness ao fato de sua faixa "Rap God" ser o single de sucesso mais verborrágico do mundo, com 1.560 palavras, embora o "New York Times" tenha notado que ele inclui versos (praticamente intraduzíveis) como "syllables, skill-a-holic (Kill 'em all with) / This flippity, dippity-hippity hip-hop".

Isso significa que milhões de pessoas em todo o mundo querem colecionar os álbuns desses artistas? Talvez não, mas há um homem que pode estar interessado -se os álbuns existirem em vinil. Na realidade, como escreveu Monte Reel, a meta desse colecionador é "pôr as mãos em todos os discos do mundo".

Zero Freitas, de São Paulo, diz que desde criança não consegue parar de comprar discos. Adquiriu seu primeiro, "Roberto Carlos Canta para a Juventude", em 1964. Quando terminou o colegial, sua coleção já chegava a 3.000 álbuns, e quando chegou aos 30 esse número já tinha se multiplicado por dez.

Hoje empresário de posses graças à empresa de ônibus da família, ele diz que sua coleção já chega a vários milhões de discos.

E ela não para de crescer, graças a aquisições feitas em grandes lotes depois do fechamento de lojas de discos ou da venda de coleções particulares, incluindo a de Bob Hope.

Ele disse ao "New York Times" que seu plano agora é registrar a coleção como entidade sem fins lucrativos, chamada Empório Musical, onde visitantes poderão ouvir os discos ou até pedir emprestado, nos casos em que houver mais de uma cópia disponível.

É claro que uma coleção musical não precisa chegar a milhões de exemplares para ser inspiradora. A coleção de um nova-iorquino desencadeou uma sensação que foi reativada neste verão, depois de ter sido lançada inicialmente em 1997.

Na noite em questão, 17 anos atrás, Nick Drakides voltou para o prédio onde morava no East Village e encontrou uma vizinha, Laraine Goodman, dançando sapateado na calçada. Drakides possuía uma coleção musical grande, então Goodman lhe pediu um acompanhamento.

O "New York Times" relatou recentemente que ele "levou CDs, um microfone e um amplificador e começou a cantar canções de Frank Sinatra". O evento ficou conhecido como Club 124 e foi repetido todas as noites de sexta-feira daquele verão.

Os encontros foram divulgados na National Public Radio, e quando a reportagem foi retransmitida neste verão americano, inspirou um revival do Club 124 num domingo recente.

Moradores e transeuntes da região celebraram com música, dança e poesia. Naquela noite, Goodman explicou, "estávamos criando nosso próprio universo lindo", relatou o "New York Times". Foi, segundo ela, "o antídoto às coisas negativas".


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