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New York Times

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Apple promete nova era de consumo

Por MIKE ISAAC

Até o momento, nenhuma compra foi feita com o novo sistema de pagamento da Apple, o Apple Pay, com o qual será possível usar smartphones, em vez de dinheiro, cheque ou cartão, para pagar por produtos corriqueiros.

No entanto, o serviço, que estará disponível para o público nas próximas semanas, já mobiliza o setor de tecnologia.

Em resposta à Apple, o gigante de e-commerce eBay anunciou que iria se separar do PayPal, o serviço de pagamento digital, a fim de dar mais agilidade a esse sistema em um mercado que passa por rápidas mudanças. "A era dos pagamentos digitais já começou", disse John Donahoe, executivo-chefe do eBay, ao anunciar a cisão.

Resta ver se o Apple Pay, que usa o leitor de impressão digital de iPhones para confirmar a identidade do usuário, será um sucesso. Há muito tempo start-ups e empresas poderosas como Google e Verizon acenam com a promessa de pagamentos práticos e seguros com telefones celulares, sem cumpri-la a contento.

No entanto, a rápida reação das empresas após o anúncio do Apple Pay demonstra que o modo habitual de pagar por produtos e serviços está maduro para passar por uma transformação.

A start-up de pagamentos Square pretende capacitar os comerciantes a aceitar transações com o Apple Pay. A Stripe, novata de processamento de pagamentos sediada em São Francisco, concordou em trabalhar com a Apple para aumentar o número de pequenas empresas que aceitam o Apple Pay.

Nesse ínterim, o anúncio do eBay foi uma reviravolta abrupta. Neste ano, sob pressão do investidor ativista Carl C. Icahn para dividir a empresa ao meio, executivos do eBay argumentaram veementemente que o eBay e o PayPal eram mais valiosos em conjunto. É provável que o PayPal seja o grande perdedor se o Apple Pay for bem-sucedido.

Todas as formas anteriores de pagamentos com celulares esbarraram em problemas. O Google Wallet, por exemplo, só era compatível com certos tipos de redes e telefones, levando o Google a concentrar seus esforços de e-commerce em outros setores.

Os aplicativos da Softcard para pagamentos on-line com smartphones também despertaram pouco entusiasmo por razões semelhantes. Os consumidores não estão convencidos de que pagar com um telefone celular seja mais rápido ou seguro do que com um cartão de crédito.

Com o Apple Pay, é possível pagar on-line ou pessoalmente com o telefone celular, usando o sensor de impressão digital do iPhone para confirmar sua identidade, uma experiência que, segundo a Apple, será mais ágil e segura do que as disponíveis anteriormente.

Talvez a empresa que mais tenha a perder com um novo sistema de pagamento seja a que detém o PayPal. Donahoe disse que a separação do eBay daria mais agilidade ao PayPal, um atributo que ele não tinha, segundo alguns analistas.

Outras pessoas acham que o PayPal poderá se beneficiar com a introdução do Apple Pay. "Ainda não há um equivalente do Apple Pay para smartphones Android", disse Colin Sebastian, analista na Robert W. Baird and Company, referindo-se aos dispositivos compatíveis com o sistema operacional do Google. Em sua opinião, usuários de Android poderão recorrer em massa ao PayPal, que funciona com os sistemas operacionais da Apple e do Google.

Em uma entrevista, Donahoe declarou: "Diante das evoluções tecnológicas em geral, e sobretudo da tecnologia da telefonia celular, certamente veremos mudanças profundas na maneira de comprar e fazer pagamentos".


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