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Ensaio - Nick Bilton

Apps fazem do iPad um quarto escuro

Já tive dezenas de câmeras de filme por causa da minha paixão pela fotografia. No final da década de 1990, tirei tantas fotos que acabei montando um quarto escuro no canto da minha sala de estar, no Brooklyn. Lá, de pé em meio a longas e escuras tiras de película, sob uma tênue luz vermelha, passei incontáveis horas misturando produtos químicos com cheiro forte, revelando filmes e tirando cópias.

Agora, minhas câmeras são digitais, e meu quarto escuro tem 19 x 24 cm: um iPad, da Apple. Os produtos químicos foram substituídos por um conector USB que permite transferir minhas fotos em segundos de qualquer câmera digital para o iPad.

O que me inspirou a sair da película para o digital foi o imediatismo e a impaciência. Nos velhos tempos, era preciso terminar um rolo de filme, chegar em casa, revelá-lo e então esperar. Com o digital, você tira uma foto e lá está ela, como mágica, na traseira da sua câmera digital. Com o iPad como quarto escuro, ela também fica imediatamente editável. Dá até para se conectar sem fio a impressoras.

Para iPads com um conector de 30 pinos, a Apple oferece por US$ 29 o iPadCamera Connection Kit. Ele vem com dois conectores que se ligam à base do iPad. Um deles tem uma entrada para cabos USB, e outro tem uma entrada para cartões de memória SD.

Há também vários conectores mais baratos, de terceiros, como o 2-in-1 Camera Connection Kit, da Amazon, por US$ 10.

Os cabos para iPads mais novos são caros demais, com cada conector a US$ 30.

O imediatismo do digital levou os fotógrafos ao desejo de editar suas fotos e partilhá-las imediatamente. Muitos aplicativos permitem isso, sendo alguns gratuitos, e outros a cerca de US$ 20.

O SnapSeed (US$ 5) é feito especificamente para editar fotos com múltiplos toques. Deslizando o dedo para cima e para baixo na tela, você altera a imagem. Uma ferramenta chamada "ajuste seletivo" permite corrigir a luz em áreas específicas.

O aplicativo iPhoto para iPad (US$ 5), da própria Apple, tem algumas ferramentas avançadas. É possível aplicar filtros, transformando uma foto colorida em uma imagem em sépia. Há também pincéis que surgem no rodapé da tela, dando ao seu iPad o aspecto de uma paleta de pintor.

Da Adobe, o gratuito Photoshop Express tem algumas ferramentas de edição limitadas, como ajuste de matiz, saturação e exposição. Usuários avançados podem querem experimentar o Photoshop Touch (US$ 10), que oferece controles semelhantes aos do software da Adobe para computadores comuns -camadas, curvas, a possibilidade de inserir textos e outros itens.

Para fotógrafos que desejam levar a edição no iPad a outro nível, há opções mais avançadas e mais caras.

Jeff Carlson, autor do livro "The iPad for Photographers", às vezes deixa de lado o kit de conexão da câmera com o iPad, preferindo um cartão EyeFi SD e um aplicativo chamado ShutterSnitch (US$ 16). Os cartões EyeFi, na faixa dos US$ 40 a US$ 100, podem ser conectados sem fio diretamente ao iPad.

Mas há uma área que a maioria dos fabricantes de câmeras digitais e de aplicativos parece ter negligenciado: a do preto e branco. Na maioria dos casos, tirar fotos P&B numa câmera digital é como fazer pizza no micro-ondas: parece pizza, mas não fica bom.

De vez em quando, bato um rolo de filme preto e branco numa velha câmera. Enquanto espero a revelação, em meio àqueles cheiros fortes e familiares dos produtos químicos, edito fotos no meu iPad.

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