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New York Times

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Cantora dá inspiração à moda

Por BEE-SHYUAN CHANG

Se as musas da moda florescem no auge do inverno, quando os ateliês começam a zumbir com máquinas de costura preparando as coleções do outono 2013, a cantora Rita Ora poderia ser uma variedade especialmente vistosa de rosa inglesa.

Aos 22 anos, Ora, a queridinha do rapper Jay-Z, vem conquistando rapidamente os estilistas com seu jeito descuidado: uma mistura de hip-hop, bijuterias de grife e Gwen Stefani nos anos 1990.

"A moda esteve séria durante tanto tempo que hoje podemos nos divertir um pouco, não é?", disse o estilista Peter Dundas, da Pucci, que vestiu Ora para vários eventos de tapete vermelho no ano passado e admira seu "visual hip-hop e ultrafeminino, mas 'moleca'".

Dundas conheceu a cantora quando a convidou para acompanhá-lo na festa de 111° aniversário da loja Bergdorf Goodman. Ora usou um longo sereia clássico cor de creme que combinava com seu "cabelo Jean Harlow", disse Dundas, declarando que sua acompanhante é "uma tonelada de diversão".

Ora realmente parece pronta para estrepolias. "Nós nos esbaldamos", disse ela, rindo. "Eu apenas deixei rolar. Foi um grande ano para mim."

De fato. Uma loura platinada geralmente vista com os lábios fartos pintados de vermelho fosco, Ora parece ter a capacidade de atrair atenção mesmo na Antártida.

Apesar de seu primeiro álbum, "Ora", ainda não ter sido lançado nos Estados Unidos, ele já está à venda no Reino Unido (onde alcançou o primeiro lugar na tabela pop), e o seu videoclipe "Shine Ya Light" já teve seis milhões de visitas no YouTube.

Ainda assim, capturar a imaginação da indústria da moda é mais difícil.

Ora provou ser uma modelo eficiente para pilhas de acessórios dourados, incluindo as pulseiras em formato de pregos Juste un Clou, de Cartier, as bolsas Birkin e os modelos malucos da House of Holland (um dos quais lhe valeu um lugar na seleção das "Mais Bem Vestidas" da "Vogue", em novembro do ano passado).

Para os organizadores de festas da moda, Ora cumpre todos os pré-requisitos. Janjay Sherman, diretor de publicidade da Extra Extra, a filial de eventos da revista "Paper", disse: "Você precisa ter o visual, o som e muitos seguidores na mídia social. Ela tem os três".

O estilista inglês Henry Holland, da House of Holland, já está sentindo uma maturação nas opções de Ora. "Desde seu primeiro vídeo, ela era muito urbana. Agora que se tornou mais conhecida, ela tem um visual mais polido, mas é bom ver que ainda adiciona um tom urbano às coisas", disse.

Holland sugeriu que isso acontece porque a música e a moda muitas vezes se chocam nos círculos londrinos. "Essas garotas têm um sentido realmente forte de si mesmas e do visual que elas querem", disse. "Elas não estão sendo forçadas por executivos da música." Ora atribui grande parte de sua educação na moda ao ambiente. "Eu cresci em um mix cultural", disse. "Tive amigos metrossexuais, homossexuais e outros que não tinham nada a ver com nada."

Nascida em Kosovo de pais kosovares-albaneses, Ora tinha um ano quando sua família foi para Londres.

Aos 14, começou a prestar atenção em seu visual: uma figura curvilínea e etnicamente ambígua ("Muitas vezes, sou confundida com uma espanhola ou latina", diz).

"Nunca tive muito dinheiro. Comprava coisas por duas ou três libras e as transformava completamente, como rasgar duas camisetas e costurá-las juntas do avesso."

Seu guarda-roupa ainda hoje está cheio de descobertas misturadas com etiquetas de grifes como J.W. Anderson e Maison Martin Margiela.

Ora terá mais roupas de estilistas no futuro, especialmente porque os convites para desfiles continuam chegando. Ela já esteve na primeira fila de Louis Vuitton e de Vivienne Westwood.

Ela disse que se inspira "no que o estilista estava pensando, em como ele escolheu o tecido e até em como costurou o bordado". Então acrescentou: "Um dia quero fazer uma coleção. Mas talvez depois que fizer uns 11 discos. A música é o principal para mim".


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