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New York Times

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Máquina leva análise do DNA para o laboratório

Por ANNE EISENBERG

O custo do sequenciamento do genoma de uma pessoa -ou seja, a ordenação de todos os 3 bilhões de pares básicos de DNA em um conjunto de cromossomos humanos- continua caindo. Mas interpretar o DNA de uma pessoa para seu uso medicinal e manter protegida essa informação anônima e altamente pessoal são tarefas complexas.

Nos últimos anos, o custo do mapeamento do genoma humano caiu de US$ 250 mil para US$ 6.000. Conforme avança a medicina genética, um poderoso computador foi desenvolvido para interpretar as sequências reservadamente, dentro de um laboratório, em vez de usar sistemas que se baseiam na internet e em servidores distantes. O software analisa variações no DNA, procurando aquelas que podem ser importantes.

O equipamento, fabricado por uma empresa chamada Knome, é do tamanho de um armário para arquivos e custa US$ 125 mil. Seu software analisa dados brutos colhidos por empresas especializadas em sequenciar o DNA.

A Knome vai começar a fornecer as máquinas a pesquisadores que investigam a base genética do câncer, doenças raras e a reação a drogas, segundo Jorge Conde, que fundou a companhia junto com o geneticista George Church, professor de medicina em Harvard.

Por uma taxa anual de US$ 25 mil, os usuários podem adquirir assistência e atualizações regulares para a máquina, chamada knoSYSTM100.

Como as pessoas podem ser identificadas por dados genéticos colocados na internet, a privacidade oferecida pode ser uma vantagem.

Lee Watkins Jr., diretor de bioinformática do Centro de Pesquisas de Doenças Hereditárias da Universidade JohnsHopkins, em Maryland, está cogitando comprar uma delas. "Você tem controle sobre a máquina fisicamente", afirmou. "O DNA é uma coisa muito pessoal."

Peter Nagy, diretor do laboratório de medicina genética personalizada da Universidade Columbia, em Nova York, também cogita encomendar uma máquina da Knome.

"Essa máquina elimina a necessidade de manter uma custosa instalação informática e um grupo de pessoas que garantam o funcionamento do sistema operacional e que mantenham os dados de referência atualizados", disse Nagy.

Nagy disse que usaria o equipamento para procurar defeitos genéticos associados ao câncer e para avaliar doenças hereditárias. A máquina realiza uma tarefa intensiva e tediosa, buscando diferenças entre um genoma-padrão e o genoma de um indivíduo.

Eric Topol, professor de genômica do Instituto de Pesquisas Scripps, na Califórnia, diz que equipamentos como o da Knome continuam exigindo especialistas em biologia molecular e em genética, capazes de filtrar e avaliar as conclusões.

"Ainda não é um equipamento para o seu médico de bairro", disse ele, "embora essa hora vá chegar".


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