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New York Times

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Tecnologia digital ajuda o comércio

Por RANDALL STROSS

Pense nisto: um supermercado comum nos Estados Unidos coloca 5.000 itens em liquidação em uma semana e remove os preços de outros 5.000. Isso cria uma riqueza de oportunidades para enganos, quando os funcionários imprimem as novas etiquetas de preços e depois procuram a prateleira para afixá-las.

Isso deixa a tecnologia do comércio, que ainda não é totalmente computadorizada, em uma situação complicada.

Um dos intuitos desse setor é tornar-se completamente digital, colocando nas prateleiras pequenas etiquetas de preços digitais, movidas a bateria. Assim, as trocas de preços podem ser feitas pela rede sem fio da loja, garantindo que o mesmo preço seja exibido na prateleira e no caixa.

A Altierre, fabricante de etiquetas de sensores digitais em San Jose, na Califórnia, levantou mais de US$ 80 milhões com investidores e passou dez anos desenvolvendo a tecnologia de etiquetas digitais e as redes sem fio que elas exigem.

Ela afirma que, para uma loja com 20 mil a 25 mil etiquetas, cada uma das etiquetas custa cerca de US$ 5. A economia em mão de obra amortizaria o investimento em cerca de dois anos.

Para reduzir o consumo de energia, a Altierre usa visores de cristal líquido (LCD) preto sobre cinza, do mesmo tipo usado em relógios digitais.

Sunit Saxena, diretor da Altierre, explicou por que os mercados ainda não aproveitaram a oportunidade de economizar instalando essas etiquetas. "Eles estão aderindo com cuidado, porque temem que colocar 30 mil etiquetas digitais em uma loja onde as pessoas estão acostumadas a ver papel seja uma mudança muito drástica", disse.

Na França, os clientes estão habituados a placas digitais nos mercados, onde as etiquetas de LCD estão nas prateleiras há cerca de dez anos, diz Michel Itié, consultor de informática. Elas exigem etiquetas de papel separadas para exibir o nome do produto.

Itié trabalha em uma empresa que está instalando a tecnologia da Altierre na rede de hipermercados E.Leclerc, que já tem 300 mil novas etiquetas de LCD em dez lojas e pretende aplicar um total de 2 milhões até o final do ano.

Nos Estados Unidos, os mercados ainda não podem justificar o investimento em etiquetas digitais, segundo Patrick C. Fitzpatrick, presidente da Atlanta Retail Consulting. "Se o retorno fosse vantajoso, você já as veria em todo lugar."

Até agora, a única companhia nos EUA que adotou a tecnologia da Altierre é a rede de lojas Kohl. Ela usa uma tela de LCD em grande formato, que fica no topo de uma prateleira de roupas, por exemplo, mostrando a descrição do produto e o seu preço.

Saxena, da Altierre, diz que as telas de LCD na Kohl têm um objetivo limitado: fornecer o preço quando o cliente é atraído para um artigo. Atrair o consumidor é responsabilidade de placas de papel coloridas que acompanham cada uma das etiquetas de LCD.

As etiquetas digitais ficam melhores quando são pequenas e discretas.

Ver milhares delas nas prateleiras parece estranho à primeira vista. Mas não tanto à segunda. Depois da terceira, as etiquetas de papel parecem tão antiquadas quanto um telefone com discador giratório.


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