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Paula Cesarino Costa

Inimigos ocultos

RIO DE JANEIRO - O inimigo externo era, até agora, uma das últimas preocupações dos organizadores de Copa e Olimpíada no Brasil, em razão da inexistência de histórico de episódios relevantes no país. O atentado em Boston mostra o quanto é difícil cuidar da segurança de eventos esportivos desse porte.

"Foi horrível", disse uma brasileira que estava lá. E completou: "Ainda bem que não temos isso no Brasil". Essa sensação de alívio, comum a nós brasileiros, vem do fato de nem sabermos o que é viver sob ameaça terrorista. Como o Brasil, e o Rio em particular, vai reagir e se preparar?

Envolvendo diferentes órgãos --Exército, Polícia Federal, Polícia Militar e Abin (agência de inteligência), além dos ministérios da Defesa e da Justiça--, o planejamento de segurança entrou em estado de alerta após as explosões na maratona.

Preocupados com o próximo evento importante --a Copa das Confederações, em junho--, as atenções brasileiras estão voltadas para as investigações nos EUA. Dependendo de quem for responsável pelo atentado lá, o planejamento pode mudar.

O primeiro maior desafio é a Jornada Mundial da Juventude, no final de julho. A visita do novo papa, Francisco, levará milhões de católicos às ruas do Rio. Não pode haver falhas.

A característica de país pacífico, aberto e democrático não pode se transformar em defeito. Sem cultura de prevenção, sem ter o risco no imaginário, qualquer plano de segurança mais ostensiva terá de ser feito com cuidado e, claro, inteligência.

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Com ou sem histórico de atentados, os visitantes devem ficar sempre atentos. Se não a pacotes que podem conter bombas, com certeza a ônibus que voam por viadutos, tombam em estradas, invadem calçadas e lojas, e atropelam pessoas.

Os inimigos mortais podem vir de onde menos se espera.


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