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Opinião

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Painel do Leitor

A seção recebe mensagens por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900). A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

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Maioridade penal
Parabéns ao Datafolha pela coragem em fazer a pesquisa sobre a maioridade penal ("Primeira Página" e "Cotidiano", ontem). Aos ilustrados de plantão que falam em fuzilamento, a pesquisa dá um recado: bem-vindos à vida real. Que tal ouvir mais o povo em vez de decidir o que é certo para o ele?
JAIR DA SILVA SANTOS (São Paulo, SP)

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Não entendo e não sei qual é o interesse de uma pesquisa como essa do Datafolha, empreendida num contexto de comoção popular diante de um triste episódio recente de violência, além da intensa campanha na mídia para a redução da maioridade penal no país. O que esperava encontrar o Datafolha a não ser o imediatismo ao qual se referiu?
Essa pesquisa não contribui para o debate e serve para legitimar ações imediatistas e discursos políticos populistas em busca do voto fácil.
MARCIO PEREIRA SANTOS (São Paulo, SP)

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Aqueles que defendem a redução da imputabilidade penal para 16, 15 ou 13 anos, sem qualquer critério científico, partem de uma visão equivocada e da ilusão de que somente endurecendo a legislação penal, diminuindo garantias e cerceando direitos se estará combatendo o crime e, consequentemente, reduzindo a criminalidade.
Observa-se que, quase sempre, quando se fala em violência em relação ao menor, o mesmo é tomado como infrator, marginal, delinquente e, logo, como aquele que deve ser punido. Porém, esquece-se que, mais do que infratores, esses menores são as principais vítimas da violência.
LEONARDO ISAAC YAROCHEWSKY, advogado criminalista (Belo Horizonte, MG)

Explosões em Boston
Temos acompanhado muitos atentados executados por todos os motivos. O mais recente, em Boston, que provocou a morte de três pessoas e ferimentos em muitos, é mais um golpe contra os direitos humanos. Esse conceito envolve exatamente o respeito às diferenças, para possibilitar um mínimo de convivência pacífica entre distintos credos, religiões e convicções políticas. A história nos mostra que a política do terror jamais sai vitoriosa.
ABRAHAM GOLDSTEIN, presidente da B'nai B'rith do Brasil, entidade judaica de defesa dos direitos humanos (São Paulo, SP)

Venezuela
As cassandras ocuparam o noticiário com suas sombrias previsões para o governo de Nicolás Maduro. Todas repetem o mesmo mantra: Henrique Capriles perdeu, mas ganhou, a eleição na Venezuela. Os organismos internacionais já confirmaram a legalidade da eleição venezuelana.
PAULO HASE (Araci, BA)

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Pode até ter havido fraude na Venezuela, mas o seu sistema de votação é muito superior ao brasileiro; possui rastreabilidade. Imagine quando algum candidato colocar em dúvida o resultado de uma eleição no Brasil!
JOSÉ A. CAMPOS (Porto Feliz, SP)

Maluf
Diferentemente do que foi publicado pela Folha ("Poder", 15/4), a intenção da Eucatex S.A. em conduzir a empresa para o novo mercado foi com o propósito de ter uma governança corporativa mais forte e justa para os minoritários e em linha com as empresas mais profissionalizadas e com melhores resultados.
O objetivo do grupo na criação da ECTX, uma subsidiária integral da Eucatex S.A., foi a racionalização dos seus custos e a melhoria de seu resultado operacional, que tem acontecido ano após ano. Com isso, conseguimos aumentar nossos investimentos, o patrimônio líquido e o valor do grupo como um todo. Isso está claramente demonstrado na evolução de nossos balanços trimestrais e anuais dos últimos anos.
FLAVIO MALUF, presidente-executivo da Eucatex S.A. (São Paulo, SP)

"Soft power"
O "soft power" é, sem dúvida, a ideia política mais genial do século 20. Seu alcance não se restringe só à estratégia das relações internacionais, podendo incluir a vida social, científica, artística e cultural em geral. Todos os rituais implantados pelo processo civilizatório são desdobramentos da política "soft power" no trato entre as pessoas.
A cordialidade ou urbanidade, as boas maneiras, as liturgias sociais que visam a domesticar e a pacificar as relações humanas são modos do "soft power". Na ciência, podemos contar a homeopatia como modalidade do "soft" em contraste com o "hard" da alopatia. No direito, a flexibilização da lei no sentido de atingir a justiça no caso concreto é inspiração "soft". Nas artes, nem se fala. O tango é "hard", o samba é "soft" e a bossa nova é mais "soft" ainda. A vantagem do "soft" é que ele não aceita antinomias irredutíveis. É essencialmente antimaniqueísta, nega a luta entre o bem e o mal. Isso não somente no campo das relações internacionais, como no âmbito das relações humanas em geral. Por exemplo, existe a imprensa "hard" e a imprensa "soft".
Creio que a Folha faz parte da imprensa "soft", o que não se pode dizer de outros órgãos da grande imprensa. Tudo isso para reconhecer no editorial "Prefeitura soft'" ("Opinião", 15/4) um passo à frente no provinciano jornalismo que pesa como uma capa de chumbo sobre nós e o mundo.
GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP)

Crescimento
A entrevista com Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI ("Mercado", 16/4), elucida a preocupação externa com o impacto do custo Brasil sobre o crescimento econômico do país. Não bastasse a inflação crescente que irá eventualmente obrigar o Banco Central a aumentar a taxa de juros, convivemos com gargalos em setores como logística e infraestrutura que levantam dúvidas sobre se o Brasil será capaz de ser uma das lideranças em um contexto de desaceleração econômica dos países desenvolvidos. Os problemas já foram detectados; deve-se, entretanto, chegar a um consenso quanto às soluções.
DAN WOLF MESSER (Rio de Janeiro, RJ)


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