Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Opinião

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

José Antonio Meade Kuribreña

TENDÊNCIAS/DEBATES

México e Brasil: uma nova relação

O comércio bilateral hoje é muito baixo. Representa só 2% de nosso comércio total. Mas temos um grande potencial de crescimento

Um dos eixos do governo do presidente Peña Nieto é consolidar o México como um "ator de responsabilidade global". Essa tarefa começa em nossa área de pertencimento histórico e cultural: a América Latina e o Caribe.

O governo mexicano está determinado a fortalecer os vínculos regionais de comércio, investimento, cultura e turismo, assim como a revigorar o diálogo político e a cooperação.

Nesse contexto, o Brasil e o México concordaram em relançar sua relação bilateral, baseada na compreensão mútua, no reconhecimento do papel que ambos desempenham no cenário latino-americano e caribenho e também mundial. Uma comunicação mais estreita entre os dois países oferece grandes possibilidades.

Como primeiro resultado desse reavivamento, a partir de hoje será eliminada a exigência do visto para os nossos países.

Isso facilitará o intercâmbio não só de turistas, como também de visitantes em trânsito (que fazem escala em nossas cidades) e de pessoas que viajam a negócios.

As facilidades para viajar aumentarão o contato entre os cidadãos dos dois países, aprofundando o conhecimento de uns sobre os outros.

Como resultado, as possibilidades de comércio e investimento bilaterais serão impulsionadas em benefício do desenvolvimento das duas nações.

A aproximação entre Brasil e México é fundamental por serem grandes economias da América Latina e Caribe.

O México é um dos dez principais investidores do mundo no Brasil, enquanto o Brasil é o primeiro investidor da região no México.

O comércio bilateral, que hoje movimenta pouco mais de 10 bilhões de dólares por ano, é muito baixo. Ele representa apenas 2% de nosso comércio total.

Mas tem um grande potencial de crescimento. Temos excelentes oportunidades para fortalecer a cooperação e o intercâmbio de experiências nas áreas de energia e agronegócio, nas quais ambas as nações têm conhecimentos e práticas interessantes.

Os investimentos no México anunciados pela Braskem em parceria com a Idesa na exploração petroquímica, por exemplo, foram recebidos muito positivamente em nosso país.

O México e o Brasil são membros importantes da Organização das Nações Unidas (ONU), da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Comunidade de Estados Americanos e Caribenhos (Celac) e do G20, entre outros.

Todos esses fóruns são essenciais para a realização de acordos sobre as principais questões das agendas internacionais e regionais, em especial a dos direitos humanos, a da democracia, a do crescimento econômico e a do ambiente.

Queremos fortalecer nosso diálogo na busca de soluções comuns.

A relação renovada entre México e Brasil deve ser a pedra angular de uma América Latina e Caribe fortalecida, unida e em paz.

A revigorada projeção da região no cenário internacional aumentará o nosso potencial de afirmação, mas também os nossos desafios.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página