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Carlos Heitor Cony

O grande bródio

RIO DE JANEIRO - Não sei se a culpa é de dona Dilma ou de Lula. O fato é que um dos dois, ou os dois juntos, anteciparam de maneira absurda a campanha eleitoral para a próxima Presidência da República. Aliás, o PT adora e se aproveita de qualquer coisa que mobilize suas bases. Uma vez no poder, a administração prosaica e banal não entusiasma a máquina que movimenta sua decantada militância.

Faltando ano e meio para as eleições, a classe política, como o Juquinha da anedota, não pensa em outra coisa. Por conta da sucessão maior, não somente a cúpula do próximo governo, mas a capilaridade administrativa da nação, entram em compasso de especulação. E praticamente se paralisam as muitas opções de poder que contaminam não apenas os cargos e funções federais, mas se estendem até a raia miúda dos municípios.

Conheço pessoalmente, e admiro, dois candidatos a candidatos a ocupar determinada chefia na área da educação, ou, conforme o caso, da cultura. E, na estrutura geral do próximo quinquênio presidencial, os alvos já estão mais ou menos definidos e o tabuleiro de xadrez começa a se armar.

A chefia de um ministério ou de uma estatal importante, como a delegacia regional de qualquer órgão federal, já está na cobiça dos in- teressados. Até lá, empurra-se o país com a barriga.

No momento, e como preliminar da partida principal, o problema que ocupa a cabeça dos interessados é a formação daquilo que os entendidos chamam de "palanque".

Com tantos partidos, com 39 ministérios, dezenas de governos e legislativos estaduais, a oferta é suculenta e todas as alianças tornam-se possíveis, inclusive as mais inesperadas. A mídia fica assanhada, querendo intervir ou mesmo participar do formidável bródio marcado para o ano que vem.


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