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Paula Cesarino Costa

Os pecados do Rio

RIO DE JANEIRO - Que os torcedores que virão ao Rio para a Copa no ano que vem e para a Olimpíada em 2016 tenham a mesma paciência e a paz de espírito (ou o espírito esportivo?) dos milhares de jovens católicos que ora ocupam as ruas.

A cidade que ainda engatinha em termos de transporte público foi reprovada anteontem no primeiro teste para valer de realização de grandes eventos. Uma "falha técnica" parou os trens do metrô por cerca de duas horas. Os ônibus eram poucos, saíam lotados ou não paravam nos pontos. Nada de novo para quem vive aqui.

Mas os peregrinos caminhavam de mãos dadas, entravam em filas ou se aglomeravam em pontos de ônibus, quase sempre cantando, à espera de um jeito de voltar para as casas onde estão hospedados, grande parte em bairros distantes ou cidades vizinhas. Quase ninguém protestou. Nem houve depredações.

Houve falha de planejamento da prefeitura, que só previu um megaesquema para hoje e amanhã. O prefeito Eduardo Paes (PMDB) disse ontem que vai multar os consórcios de ônibus e colocar mais veículos nas ruas.

Gritos felizes como "A igreja é jovem" e a passividade vista dificilmente se repetirão em 2014, quando os que estarão sem ter como ir para casa serão torcedores de futebol, como os conhecidos Hooligans.

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Com o decreto que cria e dá poderes abusivos à comissão para investigar atos de vandalismo, o governador Sérgio Cabral teve seu momento Obama. Assim como o presidente dos EUA autorizou o monitoramento de ligações telefônicas e comunicação pela internet, Cabral pretendia quebrar esses sigilos em 24 horas. Acabou voltando atrás.

Pelo jeito, Cabral daqui a pouco vai batizar seu meio de transporte preferido de Air Force 1 e terá ainda 2,3,4,5,6 à disposição.

Cada um responde por seu pecado.


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